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Abalado pela Chape, santista aguarda psicóloga e cogita só jogar em 2017

Meia Vitor Bueno era amigo pessoal do lateral Gimenez, com quem jogou no Botafogo-SP - Divulgação/Santos FC
Meia Vitor Bueno era amigo pessoal do lateral Gimenez, com quem jogou no Botafogo-SP Imagem: Divulgação/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

05/12/2016 18h03

O meia Vitor Bueno não esconde que ainda está abalado com o acidente aéreo da Chapecoense que fez 71 vítimas na semana passada, na Colômbia. O artilheiro do Santos no Campeonato Brasileiro ressalta que era amigo pessoal do lateral Gimenez, com quem atuou por dois anos no Botafogo-SP.

Vitor Bueno lembrou os reencontros com Gimenez após seguirem caminhos distintos no futebol e até um jogo beneficente que realizaram em Ribeirão Preto no fim deste ano.  

“Passaram alguns dias e o sentimento é o mesmo. Joguei com Gimenez por dois anos, era meu amigo, troquei camisa em todos os jogos que jogamos e faríamos um jogo beneficente no fim de ano. Mas agora é hora de reunir forças e tentar pensar no jogo de domingo”, afirmou Vitor Bueno.

Vitor Bueno, inclusive, ressalta a importância do trabalho da psicóloga do clube, Juliane Fechio, neste momento. O meia está ansioso para conversar com a profissional. Ela estará mais próxima do elenco no fim deste ano. Isso porque muitos eram amigos e colegas de trabalho dos atletas da Chapecoense. Além disso, o clube acredita que o elenco pode ficar com receio de viagens de avião.

“Nada mais que justo adiar a rodada. Ninguém teria cabeça para treinar e jogar no domingo passado. Ainda não conversamos com a Juliane, devemos conversar nessa semana. Ela disse que conversaria com a gente. Acho muito importante o trabalho do psicólogo, principalmente nessas horas”, disse.

Vitor Bueno alega que ainda não está 100% emocionalmente e, por isso, não descarta ficar de fora da última rodada do Campeonato Brasileiro, quando o Santos enfrenta o América, neste domingo, às 17h (de Brasília), na Vila Belmiro.

“Dependendo do estado emocional, sim. Se não estiver 100% emocionalmente, peço para não entrar, mas acho que isso não vai acontecer. Estou abalado, mas não a ponto de não querer jogar. Mesmo assim, sinto muito”, concluiu.