Presidente volta ao Corinthians e decide sobre uso de verde e impeachment
A decisão sobre o uso de uma camisa corintiana verde ou de uma camisa com detalhes em verde para homenagear a Chapecoense será uma das primeiras do presidente Roberto de Andrade na semana.
Afastado da presidência por duas semanas em função de um problema de saúde, ele retomou a seu trabalho em uma concessionária de veículos e às atividades normais inerentes ao cargo de presidente nesta segunda-feira, embora já participasse de discussões há alguns dias.
Roberto de Andrade deve definir quanto a homenagens em conjunto com o superintendente de marketing Gustavo Herbetta. Após estudos do departamento, opções serão apresentadas para que o presidente tome suas decisões. Algumas pessoas mais próximas a ele no momento, como o diretor de futebol Flávio Adauto, defendem essa quebra de tabu. Vale lembrar que, no estatuto corintiano, não há qualquer tipo de impedimento de cores do uniforme.
"Por mim, o Corinthians joga de camisa verde, calção verde, meia verde. Mas tem que ver uniforme um, uniforme dois, conversar com patrocinador, o que acho é que não teríamos problema. Vimos modelo, layouts de como seria, camisa branca com distintivo da Chapecoense...gente, o que for o melhor para o momento e significar participar das homenagens, estaremos fazendo. A cor é o menos importante neste momento", disse Adauto.
Em relação aos patrocinadores, o Corinthians não enfrenta qualquer tipo de obstáculo. Primeiro porque a Caixa, por coincidência, é o parceiro máster das duas equipes. Até por esse detalhe, uma hipótese também levada em conta é de os corintianos atuarem com a camisa da própria Chapecoense no jogo de domingo contra o Cruzeiro, no Mineirão.
Além de definir prováveis homenagens à equipe catarinense, Roberto também tratará mais de perto sobre a defesa que precisa apresentar ao processo de impeachment. O prazo concedido por regulamento ao presidente, cuja equipe já tem relatório encaminhado, se expira ao fim dessa semana. São 10 dias úteis previstos para a formulação da defesa.
Um dos pontos que Roberto de Andrade pretende provar é que a assinatura referente à ata da Arena Corinthians só ocorreu em abril, cerca de dois meses após ser eleito, a despeito de ser datada de 5 de fevereiro. Conselheiros que defendem o impeachment sustentam que Roberto não poderia ter assinado documento antes de se tornar presidente.
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