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Alheio ao movimento da diretoria junto ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o Internacional se prepara para lutar contra o rebaixamento na última rodada do Campeonato Brasileiro. E diante do Fluminense, no domingo, o lado emocional será um adversário extra ao time comandado por Lisca. O cenário necessário para escapar e os últimos meses jogam contra e exigem ainda mais da equipe.

O UOL Esporte mostra cinco provas de que as pernas não são o maior desafio do Inter no jogo mais importante de sua história recente.

1) Meio time desabou

Contra o Cruzeiro, a tensão era quase palpável. Quando Valdívia disparou e marcou o gol, cinco jogadores simplesmente desabaram no gramado. O ato foi encarado nos bastidores como reflexo da enorme pressão naquela tarde. Sem gols, o Inter ficaria à mercê do Vitória. E no dia seguinte, o time baiano venceu o Coritiba.

"A sensação foi de alívio, mas a gente tem que continuar. Eu não caí no chão, mas senti alívio como todo mundo", confirmou o lateral direito William.

2) Abalo pela Chapecoense

A tragédia com o voo da Chapecoense mexeu com o grupo de jogadores do Inter. Na semana passada, o grupo de jogadores pediu para se manifestar duas vezes. E em ambas, afirmou estar abalado. Sem condições psicológicas para atuar. A situação foi exposta a Lisca, antes de um treino. O treinador tentou argumentar, mas foi convencido de que o elenco precisava falar.

"Eu fico triste ao ver os jogadores sem força, prostrados. Eu cheguei aqui faz 14 dias e estou muito mais leve que qualquer um no Beira-Rio. Não fiz as viagens, não deixei a família. Então eu respeito eles, mas vou trabalhar para trazer eles para o jogo. O tempo é o senhor das ações. Vou trabalhar para eles estarem preparados", comentou Lisca.

3) Inexperiência do time

A reformulação do elenco na virada de 2015 cobra o preço todo dia. Em agosto, o departamento de futebol montado às pressas para salvar o clube detectou que a falta de experiência era um dos principais problemas. Tanto que foram realizadas palestras motivacionais e trabalhos individuais para controlar o psicológico dos jovens. Ainda assim, o elenco não consegue reagir bem à adversidade e altos e baixos de jogos e atuações.

4) Mancha na história

Maior que o bicampeonato da Copa Libertadores, fonte de orgulho superior até ao Mundial de Clubes conquistado diante do Barcelona. O fato do Inter jamais ter caído para a Série B é uma espécie de título imaterial no Beira-Rio. E estar perto de manchar esta história incomoda.

"Eu cresci aqui. Será muito difícil. Não posso pensar em cair, nem quero pensar nisso", disse Rodrigo Dourado. "Vamos lutar para o nosso nome não entrar para a história assim", afirmou Anderson.

5) Não depender de si

Para escapar, o Inter precisa vencer o Fluminense e torcer muito por Figueirense e Palmeiras. Só assim o Colorado consegue superar Vitória ou Sport, rivais contra a degola. E saber resultados paralelos, ou não, é um dos dilemas do elenco.

"É difícil não ter informação externa, mesmo dos torcedores. Você vê pela reação... Mas eu não quero saber, prefiro não saber", disse Danilo Fernandes.

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