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Santos vence, fica com o vice do Brasileiro e ganha mais R$ 3,4 milhões

Ricardo Oliveira comemora gol para o Santos contra o América-MG - Ivan Storti/Santos FC - Ivan Storti/Santos FC
Imagem: Ivan Storti/Santos FC

Do UOL, em São Paulo

11/12/2016 19h01

O Santos derrotou o América-MG neste domingo (11), por 1 a 0, na Vila Belmiro, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, e ficou com o vice da competição (o Palmeiras já havia assegurado o título na rodada anterior).

Com o resultado, o Santos terminou o campeonato com 71 pontos, assim como o Flamengo, que empatou com o Atlético-PR, também neste domingo, e ficou na terceira colocação. O time paulista leva vantagem no critério de desempate por ter duas vitórias a mais. A equipe carioca precisava vencer para ficar na segunda posição.

O América-MG, por sua vez, terminou a competição com 28 pontos, na última colocação, e está rebaixado para a Série B.

Com o vice-campeonato, o Santos garantiu R$ 10,7 milhões em premiação, uma diferença de R$ 3,4 milhões com relação ao terceiro lugar, que rende R$ 7,3 milhões. As cifras foram anunciadas oficialmente pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em novembro.

O atacante Ricardo Oliveira garantiu o triunfo ao time paulista com um gol no segundo tempo, de cabeça.

Indiozinho da Chapecoense ao lado das mascotes do Santos - Ivan Storti/Santos FC - Ivan Storti/Santos FC
Imagem: Ivan Storti/Santos FC
Homenagens

O pré-jogo ficou marcado pelas homenagens às vítimas do acidente com o avião que levava o time da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana, na Colômbia, no dia 29 de novembro. Ao todo, 71 pessoas morreram.

Bandeiras do Brasil, da Colômbia e da Chapecoense foram exibidas no gramado. Na arquibancada, torcedores mostraram faixas com os nomes dos que morreram na tragédia. O garoto Carlinhos, que sempre se veste como indiozinho, mascote do time catarinense, entrou em campo com a equipe da casa.

O Santos colocou os símbolos de Chapecoense e Atlético Nacional em seu uniforme, além da mensagem "Força Chape". Os logotipos dos patrocinadores foram pintados de verde. O técnico Dorival Júnior usou uma camisa com o nome de Caio Júnior, que era treinador da Chapecoense, nas costas.

Pouca criatividade

Como era de se esperar, o Santos foi o dono da partida. Jogava pelo vice, enquanto o América-MG já não tinha qualquer objetivo. O time da casa, porém, teve dificuldades para furar o bloqueio defensivo do adversário. No início, impôs o seu ritmo, mas não na base do toque, como costuma jogar o time. Apostou nas jogadas longas. No entanto, errou muito.

Sem criatividade e velocidade no meio de campo, o Santos esbarrava na forte marcação do rival. A bola não chegava a Ricardo Oliveira. O meia Lucas Lima pouco aparecia.

A única chance do primeiro tempo

O Santos teve apenas uma chance clara de gol no primeiro tempo. Aconteceu aos 31 minutos. Victor Ferraz cruzou da direita e Copete, de cabeça, desviou a bola, que bateu na trave. Na sobra, Zeca, sem marcação, chutou para fora.

Gol e mais homenagem

Depois de um primeiro tempo ruim, o Santos precisou de apenas três minutos da segunda etapa para abrir o placar. Copete cruzou da esquerda e Ricardo Oliveira, em posição duvidosa, subiu mais alto que o defensor para cabecear para as redes. Na comemoração, o atacante imitou um índio, mascote da Chapecoense, dando uma flechada.

Mais pressão

Mais à vontade em campo, o Santos criou outras boas chances de gol. Aos 13 minutos, Ricardo Oliveira recebeu um passe na área e chutou, mas parou em boa defesa de Glauco. Dois minutos depois, Vitor Bueno cobrou um escanteio com curva e quase anotou um gol olímpico.

À espera do apito final

Depois da metade do segundo tempo, o Santos diminuiu o ritmo e administrou a partida. Sofreu alguns sustos em sua defesa. Mesmo assim, saiu com a vitória. Antes do apito final, a torcida comemorou muito quando o sistema de som do estádio anunciou o fim do jogo entre Atlético-PR e Flamengo.

Despedida de Elano

O jogo marcou o último jogo do meia Elano. O jogador, que entrou em campo aos 36 minutos do segundo tempo, anunciou o fim da sua carreira recentemente. Ele será, em 2017, o auxiliar técnico de Dorival Júnior no Santos, que está garantido na Libertadores do próximo ano.

O dinheiro a mais

Os R$ 3,4 milhões a mais nos cofres podem servir, principalmente, para a diretoria do clube se aproximar do sonho de trazer o atacante Robinho, desejo público de Dorival. O Santos deve R$ 2 milhões ao jogador. A verba também pode ser revertida para ajudar a bater o martelo com relação ao zagueiro Cleber, do Hamburgo. O clube alemão pede 3 milhões de euros (cerca de R$ 11 milhões) para liberá-lo.