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Finalista da Liga dos Campeões vira exemplo defensivo para o Atlético-MG

Força defensiva da Juventus serve como exemplo para Roger Machado no Atlético-MG - AFP PHOTO / PAU BARRENA
Força defensiva da Juventus serve como exemplo para Roger Machado no Atlético-MG Imagem: AFP PHOTO / PAU BARRENA

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

02/06/2017 04h00

Neste sábado, em Cardiff, no País de Gales, Juventus e Real Madrid decidem o título da Liga dos Campeões da UEFA. Um dos finalistas da edição 2016/2017 tem chamado a atenção de Roger Machado, técnico do Atlético-MG. Com apenas três gols sofridos em 12 partidas, a Juventus pode conquistar o título continental com o melhor desempenho defensivo da história da competição.

Números positivos que são vistos também em outros torneios, como na conquista do sexto Campeonato Italiano de forma consecutiva. Foram somente 27 gols sofridos em 38 rodadas. Força que a Juventus também apresenta no ataque. O time comandado por Massimiliano Allegri não deixa nada a desejar aos ataques mais poderosos do futebol europeu. É essa organização, esse equilíbrio entre defesa e ataque, que deixam Roger Machado impressionado.

“Eu acompanho com frequência o futebol europeu. E nas últimas semanas, o que tem me chamado a atenção é a Juventus, do Allegri. Principalmente por ter um jogo coletivo extremamente forte que tomou pouquíssimos gols na competição e tem o também forte. Você vai avaliar os números defensivos do time e gira em torno de mais de 80 ações defensivas por jogo, quase 50 bolas roubadas e 30 interceptações por partida. Eu persigo entre 60 e 70 ações defensivas. Isso mostra que temos bastante margem para evoluir nesse aspecto”, comentou o treinador do Atlético, que já pediu relatórios sobre a Juventus, para entender melhor como funciona a equipe que está na decisão da Liga dos Campeões.

“Da forma que vejo jogo, entendo que os títulos são decididos pelo ataque, mas construídos por defesas sólidas. Algo que tem me chamado a atenção é o jogo coletivo, a capacidade de não permitir que o adversário jogo e ao mesmo tempo sem perder a capacidade de atacar. Até pedi os meninos fazerem um relatório relacionado a isso, para conseguir entender em números o que a gente percebe dentro de campo, de forma mais objetiva”.

Comparando com números do Atlético

Sempre que possível, Roger Machado comenta sobre o número de ações defensivas do Atlético durante uma partida. Enquanto a Juventus passa da marca de 80 ações a cada jogo, o treinador atleticano fica muito satisfeito quando sua equipe supera a marca de 60.

“Quando aqui cheguei, era o processo defensivo que a gente precisava evoluir, pois o nosso processo ofensivo é muito forte. Mas eu preciso que todo mundo defenda. De todos os jogos, quando a gente conseguiu um alto número de ações defensivas, mais de 60, que são as roubadas de bolas e as interceptações, nós ganhamos”.

De acordo com Roger, desde que chegou à Cidade do Galo, somente em três jogos sua equipe passou desse número e não venceu. Foram os dois clássicos com o Cruzeiro, pelo Estadual, no Mineirão, e a derrota para o Libertad, no Paraguai.

Outro número mostrado por Roger Machado para justificar a importância de bons números entre roubadas e interceptações de bola foi o da derrota para o Paraná, em Curitiba. No jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, o Atlético sofreu três gols pela única vez em 2017. O treinador tem uma explicação para isso.

Neste domingo, às 16h, o Atlético vai ter um bom teste. Diante do Palmeiras, no Allianz Parque, certamente o comportamento defensivo de toda a equipe vai ser determinante para que o time seja capaz de conquistar a primeira vitória no Campeonato Brasileiro.