Topo

Palmeiras sofre com lateral esquerda e vê cria da base brilhar no Botafogo

Ao lado de Camilo, Victor Luís comemora gol pelo Botafogo; lateral foi até capitão - Satiro Sodré/SS Press/Botafogo
Ao lado de Camilo, Victor Luís comemora gol pelo Botafogo; lateral foi até capitão Imagem: Satiro Sodré/SS Press/Botafogo

Bernardo Gentile e Danilo Lavieri

Do UOL, no Rio de Janeiro e em São Paulo

13/06/2017 04h00

Embora foque seus esforços na contratação de um novo camisa 9, o Palmeiras também sabe das dificuldades que enfrenta para encontrar um lateral esquerdo que mantenha uma sequência.

Nos últimos jogos, Cuca tem alternado entre Zé Roberto e Egídio e ainda dá, dependendo da situação de jogo, chance a Michel Bastos. Até mesmo o zagueiro Juninho é cogitado para a posição, embora ainda não tenha sido testado. Enquanto a equipe paulista sofre com a irregularidade de suas opções, vê um jogador que cresceu nas suas categorias de base brilhar no Botafogo: Victor Luis.

Aos 23 anos, ele tem seus direitos presos ao Palmeiras até dezembro de 2019, mas preferiu ficar na equipe do Rio de Janeiro por empréstimo porque teria mais espaço. Além disso, também poderia disputar a competição mais importante do calendário: a Libertadores. Em General Severiano, ele desbancou Diogo Barbosa, que sofreu uma lesão e nunca mais recuperou a titularidade.

Próximo de retornar aos gramados após se recuperar de lesão, o jogador tem impressionado a equipe carioca pela sua regularidade dentro de campo, especialmente no setor defensivo. Com 23 jogos nesta temporada, ele já foi até capitão do time.

No Palmeiras, Victor Luís surgiu entre os profissionais no difícil ano de 2014. O jogador precisou deixar de lado a pouca experiência no futebol e superar a pressão de tirar a equipe da zona de rebaixamento. Assim como outros jovens que surgiram com potencial naquele ano, ele terminou afastado da equipe após garantir a permanência na elite.

João Pedro, outro que brilha fora do Palmeiras atuando por empréstimo na Chapecoense, Natan, Gabriel Dias e Patrick Vieira são exemplos que foram promovidos da base para o profissional às pressas na luta contra a queda. Como Victor Luís, eles também não tiveram a chance de continuar defendendo a camisa alviverde.

Com o suporte da Crefisa e de empréstimos do então presidente Paulo Nobre, a equipe pôde abrir mão de esperar pelo amadurecimento dos jovens para apostar em atletas mais rodados e que, em tese, estavam mais preparados para vestir a camisa alviverde.

Hoje, o clube vê a sua folha salarial inchada com salários maiores pagos para as três opções para a lateral esquerda, enquanto Victor Luís se firma como uma importante peça no time de Jair Ventura com vencimentos reduzidos.

Zé Roberto é criticado pela sua falta de ritmo para aguentar os 90 minutos de uma partida. Egídio não consegue se firmar no esquema de Cuca, especialmente pela falta de qualidade defensiva e até mesmo pela queda de produção naquela que era a sua principal arma: os cruzamentos. Michel Bastos, por sua vez, já deixou claro que não pretende voltar a atuar como lateral e prefere ser escalado como ponta ou homem de meio-campo.