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Árbitro relata confusão em São Januário em súmula e pode complicar Vasco

Leo Burlá e Pero Ivo Almeida

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/07/2017 22h11


Após a batalha campal que se transformou São Januário depois da derrota por 1 a 0 sobre o Flamengo, Anderson Daronco, árbitro do jogo, relatou o que viu da confusão  generalizada.

Em seu relato, o gaúcho informou que diversos objetos fotrm atirados para dentro do gramado e que torcida e policiais entraram em confronto.

"Informo, que aos 37 minutos do 1 tempo, quando o jogo estava paralisado, a torcida do Flamengo arremessou uma lata em direção ao
campo de jogo. Ninguém foi atingido. Relato que após o término da partida, a torcida do Vasco jogou uma bomba dentro do campo de jogo. Com a intervenção da Polícia Militar iniciou um conflito dos torcedores do Vasco com a Polícia Militar, em que estes torcedores lançaram bombas contra a Polícia Militar na arquibancada e para dentro do campo de jogo. Após isto, foram arremessados pela torcida do Vasco copos, latas, bombas para dentro do campo de jogo, em direção dos policiais e na direção da imprensa que fazia a transmissãoda partida. Com este conflito nas arquibancadas e a ameaça de invasão de campo, a equipe de arbitragem e também a equipe do Flamengo não puderam sair do campo de jogo. Tivemos que permanecer no centro do gramado junto a imprensa, policiais, equipe e membros de comissão técnica do Flamengo. Em diversas oportunidades foram jogadas bombas pela torcida do Vasco para dentro do campo de jogo. Na primeira oportunidade em que houve segurança para deixarmos o gramado, fomos escoltados pela Polícia Militar, e na nossa saída, arremessaram em nossa direção, latas, copos, chinelos e tênis. Depois de estarmos nos vestiários, não presenciamos mais outros fatos que ocorreram após nossa saída do campo de jogo", escreveu.

Com o documento, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) pode oferecer denúncia e o Vasco pode perder mandos de campo.

O presidente Eurico Miranda disse que pediu jogo com torcida única, mas o pedido não foi atendido pela Polícia Militar. O dirigente pediu desculpas, pediu uma reflexão e afirmou que a questão tem um viés político.

"Pedi para falar para pedir desculpas em nome do Vasco. O que aconteceu aqui não é Vasco. Isso não é Vasco. Estou apresentando meu pedido de desculpas em nome do Vasco. Realmente o que aconteceu aqui é algo que não tem nenhuma justificativa. Mas preciso deixar uma coisa muito clara: nós, como fazemos sempre, tomamos todas as providências para que o jogo pudesse transcorrer sem nenhum incidente", disse ele.