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Jogadores do Atlético-MG repetem discurso do presidente: "G-6 é obrigação"

Victor Martins

Do UOL, em Belo Horizonte

10/08/2017 17h51

Cerca de uma hora depois da eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores diante do Jorge Wilstermann, no Mineirão, o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, concedeu uma coletiva e no fim afirmou que conquistar uma vaga na próxima edição do torneio continental é uma obrigação do elenco. A pesada cobrança foi bem aceita pelos atletas, que repetiram o discurso do mandatário atleticano.

No dia seguinte após a queda na Libertadores, o lateral direito Marcos Rocha e o volante Rafael Carioca foram os escolhidos pela assessoria de imprensa do Atlético para as entrevistas coletivas, que aconteceram na Cidade do Galo. E ambos, assim como Daniel Nepomuceno, trataram a busca por um lugar no G-6 como obrigação do clube mineiro.

“Motivação tem que ser em cima das eliminações sofridas. A gente não pode aceitar ser eliminado da forma que a gente foi na Copa do Brasil e na Libertadores. Temos que procurar motivação em nós mesmos. Temos objetivos ainda. O título é muito difícil, mas o G-6 é obrigação e temos que encontrar motivação para isso”, disse Rafael Carioca.

Pelo histórico da competição, o Atlético precisa somar 60 pontos para garantir o sexto lugar, sem depender de tropeços de outras equipes. Isso significa ter um aproveitamento de 65% no segundo turno e conquistar 37 pontos, um pouco inferior ao que fez o Grêmio na primeira parte da competição. O vice-líder tem 39 pontos em 19 jogos disputados.

Embora a probabilidade atual de o Atlético jogar a Libertadores de 2018 seja inferior a 9%, os jogadores ainda demonstram confiança na busca por um lugar entre os seis primeiros colocados do Brasileiro. “O campeonato que a gente disputa hoje é o G-6. O título ficou muito distante. Tem time que já abriu uma boa distância. Temos que focar em uma vaga na Libertadores”, disse o lateral direito Marcos Rocha, que não quer nem falar sobre lutar contra o rebaixamento.

“Nosso campeonato é a briga pelo G-6. Se a gente pensar muito na zona de rebaixamento vamos perder o foco em nosso objetivo maior, que é a vaga na Libertadores. Vamos continuar fazendo o trabalho dentro de campo. A gente conversou sobre isso. O segundo turno tem que ser diferente”.

Embora o camisa 2 evite o assunto, encerrado o primeiro turno do Brasileiro, o Atlético tem maior chance de ser rebaixamento do que de disputar a Libertadores de 2018. De acordo com o departamento de matemática da Universidade Federal de Minas Gerais, a chance de queda do clube mineiro é de 22,2%, contra 8,8% de terminar no G-6.

Para tentar a recuperação e iniciar essa brigar por uma vaga na principal competição de clubes da América do Sul, o Atlético tem pela frente o Flamengo, neste domingo, às 16h, no Estádio Independência. Neste momento, a distância para o Sport, o sexto colocado, é de cinco pontos, enquanto a vantagem para o São Paulo, primeiro time dentro da zona de rebaixamento, é de quatro pontos.