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Barrado, Egídio é mais uma das "vítimas" de Cuca após derrotas do Palmeiras

Egídio abraço - Ronny Santos/Folhapress - Ronny Santos/Folhapress
Egídio ganha abraço de Moisés após pênalti perdido
Imagem: Ronny Santos/Folhapress

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

14/08/2017 04h00

A decisão de Cuca em nem sequer levar Egídio ao Rio de Janeiro com a alegação de que o lateral precisaria ser preservado não é inédita nos últimos meses do Palmeiras. Sacado da equipe por errar o pênalti decisivo na eliminação para o Barcelona, na quarta-feira, ele foi substituído por Michel Bastos no empate com o Vasco. É mais uma "vítima" do critério do treinador na sequência de um resultado ruim palmeirense.

Em outras situações recentes, jogadores que falharam também foram sacados no jogo seguinte, exatamente o que ocorreu com Egídio. Além de retirar o lateral da equipe, o que argumentou como uma iniciativa para preservar o jogador, Cuca também indicou que Michel Bastos terá uma sequência para se adaptar ao setor.

Na derrota para o Cruzeiro por 3 a 1, em 9 de julho, o lateral Mayke e o zagueiro Luan foram os nomes a ficarem marcados pelo gol de Thiago Neves no primeiro tempo. Embora possa ser classificado como uma falha coletiva, o lance custou a vaga para os dois. Mayke saiu no intervalo e não enfrentou o Corinthians no jogo seguinte (12 de julho). Já Luan permaneceu, mas foi sacado no clássico para a entrada de Edu Dracena.

A derrota para o Corinthians três dias depois também faria novas "vítimas". O volante Bruno Henrique cometeu um pênalti em Guilherme Arana e acabou substituído no intervalo, embora o companheiro, Thiago Santos, é que estivesse pendurado. Bruno deixou o time no jogo seguinte contra o Vitória (16 de julho) sob a alegação de que precisava ser preservado por razões físicas. Foi titular na próxima partida, diante do Flamengo (19 de julho), mas novamente acabou sacado ao fim do primeiro tempo.

Mais ou menos no mesmo período, Fernando Prass perdeu a vaga no time. O goleiro já vinha em sequência criticada e, para alguns palmeirenses, falhou em gol de Guilherme Arana no já referido clássico com o Corinthians. Ele ainda acabou mantido para enfrentar o Vitória, sofreu dois gols em bolas praticamente indefensáveis e saiu da equipe logo depois, também contra o Flamengo. Jaílson assumiu a vaga.

A eliminação para o Cruzeiro, na Copa do Brasil, também provocou mudanças na equipe. Dessa vez, porém, em circunstâncias diferentes e mais drásticas. Com atuação ruim no Mineirão, o volante Felipe Melo se desentendeu com o treinador e acabou afastado do elenco dois dias depois. Na sexta-feira, Cuca admitiu que chegou a colocar o cargo à disposição da direção palmeirense em uma espécie de "ou eu ou ele".

Escolhido para deixar a equipe depois da eliminação na Copa Libertadores, Egídio não vinha, aparentemente, cotado a ser sacado. Desde que ganhou a posição em empate por 3 a 3 com o Cruzeiro, no dia 28 de junho, esteve em nove das dez partidas seguintes, sequência que culminou na partida fatídica com o Barcelona-EQU. Em todos esses jogos, foi titular por ao menos 80 minutos. A única ausência foi diante do Flamengo, por desgaste muscular.

Apesar de tirar Egídio do time, Cuca afirmou na última semana que pediu à diretoria do Palmeiras que desse andamento à renovação contratual dele - o atual vínculo vence em dezembro. A situação é idêntica à de Fernando Prass, que segundo o treinador tem possibilidades de permanecer em 2018.