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São Paulo completa um turno sem Ceni. Veja o que mudou no clube

Dorival Júnior comanda o São Paulo neste domingo, contra o Flamengo - Rubens Chiri/saopaulofc.net
Dorival Júnior comanda o São Paulo neste domingo, contra o Flamengo Imagem: Rubens Chiri/saopaulofc.net

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

22/10/2017 04h00

A partida entre São Paulo e Flamengo neste domingo, às 17h, no Pacaembu, traz à memória do torcedor tricolor o adeus a um dos principais ídolos na história do clube. O confronto entre as duas equipes válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro foi o último dos paulistas comandados pelo técnico Rogério Ceni. Após a derrota por 2 a 0, o ex-goleiro foi demitido pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.

No entanto, depois de 18 partidas, pouca coisa mudou em relação à situação do clube, que ainda luta para deixar as últimas colocações na tabela de classificação. Porém, a estrutura do time e a metodologia de trabalho têm suas diferenças.

Na sequência da saída do astro, o time perdeu para o Santos, sendo dirigido pelo interino Pintado. Depois, Dorival ficou à frente do Tricolor em 17 confrontos, foram seis vitórias, seis derrotas e cinco empates - aproveitamento de 45% dos pontos. 

Com Rogério, o São Paulo no nacional acumulou três vitórias dois empates e seis derrotas - 33% de aproveitamento. Porém, a equipe havia vencido um clássico (com o Palmeiras) e conseguido engatar uma sequência de dois triunfos (Avaí e Palmeiras) - algo que o sucessor não repetiu até agora.

Fora de casa, os dois treinadores tiveram desempenho ruim. Rogério não conquistou uma vitória sequer longe dos seus domínios - apenas um empate com o Sport. Já Dorival viu a equipe ganhar do Botafogo e do Vitória. 

É necessário destacar que Rogério Ceni teve tempo de fazer uma pré-temporada com a equipe e havia sido eliminado de três competições (Copa Sul-Americana, Copa do Brasil e Paulista) no primeiro semestre. Por outro lado, o ex-goleiro viu o time perder, entre outros, Luiz Araújo, Maicon e Thiago Mendes, que foram negociado com o futebol europeu. 

Já Dorival pegou a equipe já na zona do rebaixamento, porém teve tempo de focar apenas sua atenção no Brasileiro e disputou em média uma partida a cada seis dias. Além disso, viu o Tricolor contratar Bruno  Alves, Aderllan, Marcos Guilherme e Hernanes. Dorival ainda trouxe os preparadores de goleiros e físico Marquinhos Trocourt e Celso Rezende, respectivamente, para montar a sua comissão.

Por isso, não é de se estranhar que a base da equipe tenha sido alterada. Dos titulares na derrota do dia 2 de julho, apenas cinco jogadores foram mantidos por Dorival nos últimos jogos:  Rodrigo Caio, Júnior Tavares, Petros, Cueva e Lucas Pratto. Porém, com a derrota para o Fluminense na última rodada, por 3 a 1, na última quarta-feira (18), é possível que Dorival promova mais mudanças na escalação.