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Palmeirenses fazem protesto antes de jogo e chamam time de 'sem vergonha'

Protesto da torcida Mancha Alviverde contra o Palmeiras - José Edgar de Matos/UOL - José Edgar de Matos/UOL
Imagem: José Edgar de Matos/UOL

José Edgar de Matos

Do UOL, em São Paulo

12/11/2017 14h22

Centenas de torcedores do Palmeiras realizam um protesto na portaria da Academia de Futebol, centro de treinamentos do clube da Zona Oeste da capital paulista. Com a presença de mais de uma das torcidas organizadas do clube no local, as pessoas chegaram pouco depois das 14h e passaram a entoar cantos de protesto em relação aos jogadores e à diretoria. "Time de pipoqueiro", "time sem vergonha", "Mauricio (Galiotte, presidente do clube), c..., fora do Verdão", "não é mole não, muito dinheiro para pouca obrigação" e "se o Palmeiras não ganhar, olê, olê, olá, o pau vai quebrar" foram alguns dos gritos.

O Palmeiras já estava preparado para o protesto dos torcedores e reforçou a segurança no local, com grades na portaria do CT e mais homens responsáveis pela proteção aos jogadores. Apenas uma faixa da avenida Marquês de São Vicente foi liberada para circulação de carros - além da pista para os ônibus -, com todas as outras ocupadas pelos manifestantes.

A saída do ônibus ocorreu em clima hostil. Torcedores deram socos e pontapés e arremessaram pamonhas e pipocas no veículo que trouxe o Palmeiras ao Allianz Parque. A delegação chegou ao estádio 15h40 (de Brasília). Edu Dracena relatou o receio vivido pelos atletas na saída da Academia de Futebol.

Protesto da torcida Mancha Alviverde contra o Palmeiras tem lista de demissão - José Edgar de Matos/UOL - José Edgar de Matos/UOL
Organizados exigiram a demissão de alguns jogadores do Palmeiras como Deyverson
Imagem: José Edgar de Matos/UOL

"Deu medo sim, claro. Mas isso é normal no futebol brasileiro, vimos ontem o que aconteceu lá com o Internacional [torcedores protestaram depois do empate contra o Vila Nova]", lamentou o zagueiro na chegada da delegação à arena.

Alguns jogadores foram alvos específicos de cantos ofensivos, como Egídio, Juninho, Mayke, Bruno Henrique, Tchê Tchê, Róger Guedes, Erik, Borja, Guerra, Jean, Deyverson e Michel Bastos. As manifestações mais efusivas foram em relação ao lateral-esquerdo Egídio ("olê, lê, olá, lá, se o Egídio não sair o bicho vai pegar"), mas o técnico Alberto Valentim ("Valentim, c..., fora do Verdão") e até mesmo o ex-técnico Cuca ("ei, Cuca, vai tomar no c...") foram lembrados, além de Galiotte ("p... que pariu, é o presidente mais omisso do Brasil") e Alexandre Mattos ("Mattos, c..., para fora do Verdão").

A diretoria foi hostilizada e ironizada no protesto deste domingo. Em duas barracas montadas na porta do CT, os palmeirenses penduraram bananas como reclamação à postura do presidente Mauricio Galiotte. Os torcedores ainda elaboraram uma lista de jogadores a serem dispensados: Egidio, Róger Guedes, Fabiano, Luan, Juninho, Antônio Carlos, Arouca, Michel Bastos, Deyverson, Bruno Henrique e Erik.

O protesto deste domingo, que contou com as faixas "Pipoca elenco", "Pamonha Cuca e Valentim", "Banana Galiotte" e "Fora Mustafá", não foi o primeiro realizado por torcedores em razão do momento do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Após a derrota para o Vitória, na quarta-feira, houve pichações em muros do Allianz Parque.

Nas mensagens escritas na bilheteria do Allianz Parque, o time é chamado "medíocre" e a presença de Felipe Melo é exigida entre os titulares. O meio-campista, inclusive, acabou poupado do protesto deste domingo, assim como Moisés, Fernando Prass, Edu Dracena, Dudu, Keno, Yerry Mina, que não tiveram os nomes citados.

O Palmeiras, quarto colocado na tabela do Campeonato Brasileiro com 54 pontos, entra em campo neste domingo, às 17h, contra o Flamengo, no Allianz Parque.