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Artilheiro com gol de todo jeito, Jô faz Itaquera explodir para o hepta

Diego Salgado e Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

15/11/2017 23h45

Jô assumiu a artilharia do Campeonato Brasileiro na partida em que o Corinthians garantiu o título graças à vitória por 3 a 1 contra o Fluminense e fez a Arena de Itaquera explodir em festa que foi do susto ao êxtase no intervalo de três minutos. Diante de 45.775 pagantes, o segundo maior público da história do estádio, os cantos uníssonos das torcidas embalaram o heptacampeonato nacional conquistado em casa juntamente com os sinalizadores que interromperam o jogo por cinco minutos e impediram a visão em todo e qualquer setor.

"Sangue no olho, tapa na orelha, é jogo da vida, Corinthians não é brincadeira" foi o som que embalou a volta do Corinthians do intervalo, momento que marcou a virada de comportamento e de placar na Arena. Se tem um símbolo para a filosofia do "jogo da vida", ele é Jô, que atuou pela 62ª vez em 67 compromissos corintianos na temporada e fez a diferença.

Nesta quarta-feira, o camisa 7 alvinegro marcou duas vezes de cabeça e chegou aos 18 gols marcados em 35 rodadas. O curioso da noite em Itaquera é que Jô fez seus primeiros gols de cabeça na competição e "estreou" em um dos únicos modos com os quais ainda não havia marcado.

Dos 18 gols de Jô no Brasileirão, oito foram de pé esquerdo, sete de pé direito, um de braço (o polêmico gol contra o Vasco) e agora dois de cabeça. Na Arena, os dois gols foram marcados no intervalo de três minutos logo no início do segundo tempo, após cruzamento de Clayson e rebote em um chute do próprio Clayson. Agora são 18 gols no torneio, um a mais do que Henrique Dourado, e 25 na temporada.

Enquanto Jô brilhava, as arquibancadas mantinham o volume em busca do hepta. No estádio, torcedores ilustres como Ronaldo Fenômeno e Mauricio de Sousa, sorriam e pulavam nas imagens exibidas pela TV. No estádio, a atmosfera só fez melhorar com o gol marcado por Jadson aos 39 minutos do segundo tempo e a entrada de Danilo na vaga do artilheiro, instantes depois de até os camarotes acenderem sinalizadores diante dos pedidos do telão para que não o fizessem. Não adiantava. Era noite de festa em Itaquera. Era jogo da vida.