Topo

Petros diz que árbitro admitiu erro em cartão e sai irritado com assistente

Bruno Grossi

Do UOL, em São Paulo (SP)

19/11/2017 19h39

Aos 13 minutos do segundo tempo do empate sem gols entre São Paulo e Botafogo, o árbitro Wilton Pereira Sampaio aplicou um cartão amarelo por reclamação para Petros, irado com lance em que o juiz desviou a bola e cedeu contra-ataque aos cariocas. No fim da partida, Wilton pediu desculpas e admitiu o equívoco para o volante, que ouviu de um dos assistentes - Bruno Raphael Pires - palavras que o revoltaram.

"Foi um lance casual. Ele atrapalhou a jogada e me deu amarelo por reclamar.  Ele assumiu que errou", contou Petros, que pode ficar suspenso do jogo contra o Coritiba, no próximo domingo, se o amarelo não for retirado na súmula. O camisa 6 só não encarou com naturalidade o comportamento de um dos a bandeiras, que o abordou na saída de campo e teve a atitude denunciada pelo jogador a Marcio Maciel, quarto árbitro da partida. 

"Vamos ver se ele tem coragem de falar (para a imprensa) o que falou para mim. E, se falar, se é punido. Todo mundo tem o direito de erar. Errei em 2014, mas ele não tem direito de falar o que falou. Faltou hombridade. Ele falou e foi embora. Não teve coragem de repetir. Quando faltamos com respeito com os árbitros, temos que pagar. Pena que não gravou o que ele falou para mim", desabafou.

"Pode falar se joguei mal, se joguei bem, se errei ou não. Isso pode falar. Só não pode falar do meu caráter. Eu sou pai de família, eu sou um dos líderes do elenco. Não dá para falar o que ele falou, porque senão eu vou ser punido. Mas já reportei aos superiores dele. Ele foi covarde. Quando viu as câmeras chegando, acelerou o passo. Estou muito chateado", prosseguiu o volante, enquanto Bruno Raphael Pires o observava fixamente ao deixar o Pacaembu.. 

O erro de 2014 citado por Petros é a trombada no árbitro Raphael Claus, durante clássico contra o Santos no Campeonato Brasileiro daquele ano. O caso chegou a ser tratado como agressão e o volante correu o risco de ficar seis meses longe dos gramados, mas teve a pena aliviada para três partidas.

O empate com o Botafogo, combinado com empate do Vitória com o Cruzeiro e um confronto direto dos baianos com a Ponte Preta na próxima rodada, foi suficiente para salvar o São Paulo dos riscos de rebaixamento no Brasileirão. Agora faltam dois jogos para o fim da temporada: contra o Coritiba, possivelmente com Petros suspenso, e contra o Bahia, na volta ao Morumbi. Mas a sensação não é de alívio.

"Não dá para falar em alívio, em felicidade, mas que bom que acabou (o risco de cair). Estou esgotado, não dava mais para seguir assim. Era muita pressão. Ainda bem que o ano acabou. Se a gente perdesse hoje, teria um jogo difícil em Curitiba e poderia levar uma pressão enorme para o último jogo contra o Bahia. Pode parecer fácil, mas é muito difícil chegar e vestir essa camisa", concluiu Petros.