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Mancini esperava invasão e revela que jogadores do Vitória se machucaram

Do UOL, em São Paulo

26/11/2017 19h32

Depois que a torcida da Ponte Preta invadiu o campo e interrompeu o jogo contra o Vitória, em Campinas, houve um longo período de indefinição. Os dois times ficaram sem saber se o jogo seria encerrado ou não. Enquanto isso, em entrevista ao Premiere, o técnico Vagner Mancini relatou o que viu nos vestiários quando os atletas tiveram que correr e fugir da torcida pontepretana.

Primeiro o técnico relatou toda correria que aconteceu na fuga: "na hora todos atletas entraram no vestiário e de repente houve confusão, com gente caindo na escada. Foi um momento difícil, ninguém sabia o que podia acontecer do lado de fora. Aos poucos foi acalmando e vieram tirar atletas da ponte. Eram cinco ou seis da Ponte juntos com nosso time".

O técnico revelou que dois jogadores não tinham como voltar a campo: "o André Lima, na ânsia de entrar no vestiário, caiu na escada e machucou o joelho. O Yago passou mal pelo que foi foi visto. A gente não consegue administrar, porque ele está abalado emocionalmente. Se o jogo recomeçar, são dois atletas que não voltarão a campo".

Mancini imaginava que essa invasão podia acontecer: "não tem condição de continuar se você tem noção do que podia acontecer aqui. A Ponte tem uma torcida inflamada. A gente sabia que isso podia acontecer. Todos estavam esperando para sair".

Ele inclusive reclamou da falta de segurança no estádio: "acho que o contigente policial hoje foi menor do que deveria. Esse jogo representa que autoridades precisam entender que tem um grande peso nisso e punir. O futebol brasileiro não pode viver assim. Falta bom senso e segurança. Não é possível que você venha fazer seu trabalho e possa ser pisoteado por uma torcida que está insatisfeita. Tem que ter mais segurança e penalidades que possam ser aplicadas".

Por fim, o comandante do Vitória pediu para que o resultado do jogo seja mais destacado: "eu vi um time ganhar uma batalha, diante de uma Ponte que saiu na frente, com 2 a 0. Vamos lembrar desse jogo como a batalha de Campinas. Espero que o jogo seja marcado pela virada. Vamos tentar esquecer o que foi visto, a invasão e a violência, porque isso a gente não quer mais no futebol".