Flu "ostentação", R10 e Neymar: o último Brasileirão com os 12 grandes
Com início marcado para este sábado, com três partidas, o Campeonato Brasileiro deste ano marca uma situação rara na Era dos pontos corridos. Pela primeira vez desde 2012, a Série A conta com os “12 grandes”. A partir deste fim de semana, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Cruzeiro e Atlético-MG entram em disputa pelo título.
Há seis anos, quando pela última vez toda a elite do futebol brasileiro se concentrava na principal competição do país, o Brasil ainda contava com uma grande estrela mundial; no caso, Ronaldinho. O país ainda testemunhou um gigante ser rebaixado pela segunda vez e mal falava da Chapecoense, ainda uma equipe restrita ao noticiário do oeste catarinense.
Flu “ostentação”
Enquanto hoje o trabalho com a base e a falta de recursos marcam o dia a dia de Abel Braga, o Fluminense de 2012 convivia com outra realidade. O campeão brasileiro daquela temporada possuía o forte patrocínio da Unimed, que permitia a Abel reunir nomes como Fred (artilheiro com 20 gols), Thiago Neves, Jean, Rafael Sobis e Deco. Daquele time, além do comandante, Gum e Marcos Junior atuam nas Laranjeiras.
Ronaldinho superestrela
Agora aposentado e pensando na vida política, Ronaldinho ainda atuava em alto nível há seis anos. Depois de uma saída conturbada do Flamengo, o craque acertou com o Atlético-MG e deu uma resposta imediata. Na campanha do vice-campeonato do clube mineiro, R10 terminou eleito um dos destaques do Brasileirão pela CBF. O torcedor atleticano tem duas atuações para se relembrar do então camisa 49: os três gols e o choro pela morte do padrasto na véspera da goleada por 6 a 0 sobre o Figueirense e o golaço no clássico contra o Cruzeiro, em empate por 2 a 2.
“Última” vez de Neymar
O torcedor do Santos se recorda da abertura do Brasileirão de 2013, quando Neymar, emocionado, se despediu do clube para atuar pelo Barcelona. Um ano antes, porém, o craque se destacou na última “temporada completa” na Série A. Mesmo desfalcando muito a equipe do litoral paulista, especialmente pelas convocações para a seleção e a disputa dos Jogos Olímpicos, o atacante alcançou a expressiva marca de 14 gols, em apenas 17 partidas durante toda a competição (quase um por jogo).
Fernandão no banco
Morto em acidente de helicóptero em 2014, Fernandão exerceu um papel diferente no Internacional. Ídolo pelos gols e conquistas como jogador, ele aceitou o desafio de dirigir o clube durante boa parte da competição. O ex-centroavante assumiu o cargo de treinador em junho, após a demissão de Dorival Junior. A campanha, entretanto, foi irregular, e o antigo camisa 9 acabou demitido pela diretoria em novembro, antes mesmo de a Série A terminar.
Drama palmeirense
Meses depois de conquistar a Copa do Brasil, o Palmeiras acabou rebaixado à Série B pela segunda vez na história justamente no ano da aposentadoria do ídolo Marcos. Sem o goleiro pentacampeão, a equipe realizou uma campanha fraca de apenas 34 pontos e caiu para a segunda divisão antes mesmo do fim da competição. O vexame foi confirmado ainda em 18 de novembro, após empate por 1 a 1 com o Flamengo em Volta Redonda - Vagner Love, atleta revelado na equipe alviverde, anotou o gol flamenguista.
Guerrero “nasceu”
Campeão da Copa Libertadores pela primeira vez, o Corinthians se reforçou com uma peça que viria a ser importante meses depois. Foi no Campeonato Brasileiro de 2012 que Paolo Guerrero estreou com a camisa corintiana, atuando pouco mais de cinco minutos na vitória sobre o Cruzeiro, em 20 de julho. A contratação se mostraria acertada em dezembro, com os gols do peruano na semi e na final do Mundial de Clubes, competição vencida pelo clube alvinegro.
Despedida do Olímpico
A era Olímpico terminou para o Grêmio em dezembro de 2012, com a inauguração da imponente Arena no bairro do Humaitá. A despedida da tradicional casa, palco dos jogos do clube por 58 anos, ocorreu em tumultuado clássico contra o Internacional, pela última rodada da competição. Foram três expulsões e nenhum gol; os gremistas terminaram em terceiro na tabela, e o torcedor ainda se recorda com nostalgia da antiga casa.
Sem clássico
Depois de dois anos com clássicos na última rodada, a Confederação Brasileira de Futebol optou por alterar esta característica do Brasileirão para o ano de 2013. Em 2012, pela última vez, os duelos regionais fecharam a competição. Além do 0 a 0 entre Grêmio e Inter citado neste texto, duelos como a vitória do São Paulo sobre o Corinthians (3 a 1), o empate entre Flamengo e Botafogo (2 a 2) e o triunfo atleticano sobre o Cruzeiro (3 a 2) encerraram a liga nacional.
Chapecoense na Série C
Hoje um clube estável na elite do futebol brasileiro, mesmo diante da tragédia que terminou com 71 vítimas em acidente aéreo na Colômbia em 2016, a Chapecoense ainda via o Campeonato Brasileiro como um sonho em 2012, ano em que disputou a Terceira Divisão do futebol nacional. Semifinalista, o time alviverde subiu para a Série B, competição na qual permaneceu apenas um ano, alcançando a principal liga nacional já em 2014. Será a quinta temporada consecutiva entre os grandes do país.
Portuguesa na elite
A ascensão da Chapecoense neste período contrasta com a queda vertiginosa da Portuguesa. Em 2012, a Lusa ainda disputava a Série A, embora já flertasse com o rebaixamento. O time paulistano fez 45 pontos e terminou na 16ª colocação, primeira acima da zona de descenso. O fracasso na primeira divisão veio no ano seguinte, com o ainda polêmico caso Héverton, e hoje a equipe do Canindé sequer figura no cenário nacional - o time caiu ainda na primeira fase da Série D e neste ano não vai disputar nenhuma divisão nacional.
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