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São Paulo é superior no Morumbi, vence Santos por 1 a 0 e continua invicto

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

20/05/2018 17h56

O São Paulo venceu o Santos por 1 a 0, neste domingo (20), pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, com uma grande atuação diante de sua torcida, no Morumbi. O resultado deixa o Tricolor como o único invicto e soma, para a equipe, a sua segunda vitória na competição —tem ainda quatro empates.

Com um início melhor e mais volume do jogo, aproveitando-se de jogar em casa, a equipe são-paulina foi arriscando até conseguir marcar. Os santistas, por sua vez, esperaram o adversário no campo de defesa e apostaram nos contra-ataques para tentar fazer o seu, mas não conseguiram.

O São Paulo agora tem compromisso só no próximo fim de semana, no domingo (27), quando visita o América-MG, na sequência do Nacional.

Já o Santos tem jogo da Libertadores na quinta-feira (24), contra o Real Garcilaso, na Vila Belmiro. Líder do grupo F e classificado para as oitavas, o alvinegro precisa de uma vitória para garantir a ponta e uma chave —em tese— mais fácil na fase eliminatória. Pelo Brasileiro, o time recebe o Cruzeiro também no domingo (27).

Foi bem: Diego Souza, o goleador

Após ser contestado como homem de referência do ataque do São Paulo, Diego Souza mostrou que afastou a má fase e tem talento para jogar como centroavante.

Depois de participar de duas grandes chances do Tricolor na primeira etapa, ele mal voltou para a segunda e abriu o placar de cabeça, após cruzamento de Everton.

Foi substituído por Trelléz na etapa complementar e saiu muito aplaudido. Ele é o artilheiro do time na temporada com seis gols.

Foi mal: Vitor Bueno, o perdido

Um dos responsáveis por organizar o meio santista, o jogador parecia desorientado em campo. Errou passes curtos e não conseguiu servir os companheiros da frente com passes para criar lances de perigo. Ele saiu substituído no segundo tempo, sem deixar saudades para os torcedores santistas no Morumbi.

Nenê, o comandante

Como tem feito em outras partidas do Tricolor, Nenê comandou o meio de campo da equipe, participando da criação de boas chances e tentando finalizações de fora com perigo. Ele quase abriu o placar no primeiro tempo, após um belo chute que acertou a forquilha.

Nenê em ação pelo São Paulo durante o jogo contra o Santos - Daniel Vorley/AGIF - Daniel Vorley/AGIF
Imagem: Daniel Vorley/AGIF

Anderson Martins, o faltoso

Detentor do primeiro cartão amarelo da partida, Anderson Martins cometeu uma infração que saiu barata. Ele chegou para desarmar Gabigol com o pé erguido, atingindo o jogador santista com a sola do pé em cheio.

No final do segundo tempo, ele ainda cometeu outra falta mais forte e levou o segundo amarelo. Foi direto para o chuveiro.

São Paulo se impôs em campo

O São Paulo começou melhor e impôs o seu ritmo nos primeiros instantes do jogo. Com muita velocidade, os donos da casa criaram diversas oportunidades. Apesar de não conseguir manter a intensidade dos primeiros minutos de jogo e esfriar, o São Paulo ainda era o dono das melhores ações na etapa inicial.

A equipe do técnico Diego Aguirre tinha um pouco mais de dificuldade para concluir, mas não dava espaço para o adversário. Na volta do segundo tempo, marcou logo, aos 10 minutos, e manteve a superioridade no restante da partida.

Santos esperou e pouco fez

O Santos tinha muito dificuldade para passar do meio de campo. Nos primeiro minutos do jogo, a equipe só conseguiu chegar à área adversária uma vez. Para tentar equilibrar a partida, Rodrygo e Gabriel inverteram o posicionamento no ataque, mas pouco criaram.

O time começou a ter mais posse de bola na segunda metade do jogo, no entanto, não conseguiu traduzir a mudança de postura em gols. O time alvinegro esfriou de vez após o primeiro gol do São Paulo.

Aguirre ofensivo

Até o clássico deste domingo, a principal crítica ao treinador uruguaio era de montar uma equipe muito defensiva. No entanto, Diego Aguirre privilegiou o ataque para enfrentar o Santos. Desde os primeiros instantes, ficou claro que o São Paulo seria quem daria as cartas.

Técnico Diego Aguirre, do São Paulo, gesticula durante jogo contra o Santos - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Jair retranqueiro

O técnico do Santos fez jus aos questionamentos que marcaram o seu início de temporada. O Santos parecia uma equipe satisfeita com o empate.  A dificuldade para atacar era assustadora. Em toda a partida, os visitantes foram envolvidos pelos tricolores.

O técnico Jair Ventura, do Santos, durante o clássico contra o São Paulo - Marcello Zambrana/AGIF - Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Desfalques no Tricolor

O São Paulo teve um desfalque de última hora. O meia Lucas Fernandes foi cortado da lista de relacionados por causa de conjuntivite. Em seu lugar foi chamado o atacante Bissoli. Por opção do treinador Diego Aguirre, Valdívia ficou fora do clássico deste domingo. Já Rodrigo Caio, que foi submetido à cirurgia no pé esquerdo, só deve voltar a jogar em três meses.

Ausências no Santos

No Santos, Jair Ventura não pôde contar pela primeira vez no ano com Arthur Gomes. O atacante, que participou de 27 partidas na temporada, sofreu entorse no tornozelo esquerdo no jogo com a Luverdense e desfalca os alvinegros.

No meio de campo, a novidade ficou por conta da entrada de Renato, que se recuperava de dores na panturrilha e não jogava desde o dia 24 de abril, no lugar de Jean Mota, que entrou na segunda etapa.

SÃO PAULO 1 x 0 SANTOS
Campeonato Brasileiro - 6ª rodada

Data: 20/05/2018 (domingo), 16h (Brasília)
Local: Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Braulio da Silva Machado
Auxiliares: Neuza Ines Back e Kléber Lúcio Gil
Renda: R$ 954.725,00
Público: 40.665 pessoas
Gol: Diego Souza (São Paulo)
Cartões amarelos: Anderson Martins (São Paulo), Militão (São Paulo), Reinaldo (São Paulo), Hudson (São Paulo) e David Braz (Santos)
Cartões vermelhos: Anderson Martins (São Paulo)

SÃO PAULO
Sidão; Militão, Anderson Martins, Bruno Alves e Reinaldo (Edimar); Jucilei, Hudson e Everton (Liziero); Nenê, Marcos Guilherme e Diego Souza (Trellez).
Técnico: Diego Aguirre

SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Dodô; Alison (Jean Mota), Renato e Vitor Bueno (Yuri Alberto); Gabigol, Eduardo Sasha (Copete) e Rodrygo
Técnico: Jair Ventura