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Substituição comemorada deixou Deyverson como "4ª opção" no Palmeiras

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/05/2018 21h49

Miguel Borja a serviço da seleção colombiana. Willian poupado. E Deyverson não apareceu na escalação do Palmeiras como centroavante titular para encarar o Sport pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro. Roger Machado optou por improvisar Alejandro Guerra, que cansou e precisou ser trocado. Quem entrou? O garoto Papagaio. O treinador alviverde tentou explicar o cenário complicado para o centroavante que só foi acionado quando o time já perdia por 3 a 2 no Allianz Parque.

"O primeiro passo é tentar recuperar o Deyverson e o prestígio dele com o torcedor. Coloquei o Papagaio primeiro porque todo mundo presenciou como foi a saída do Deyverson na quarta (empate em 1 a 1 com o América-MG, que garantiu vaga nas quartas de final da Copa do Brasil). Ela foi mais comemorada do que um gol. E isso tira a confiança do jogador. Quero recuperar o Deyverson", prometeu o técnico.

Quando o centroavante foi chamado para entrar, o Palmeiras mudou seu estilo de jogo para apostar em chuveirinhos na área pernambucana. A ideia até funcionou, porque foi um desvio de Deyverson que originou o pênalti sofrido por Dudu. O problema é que Keno desperdiçou a cobrança. Foi apenas mais uma chance perdida, como já havia acontecido duas vezes com o próprio Dudu na etapa final. Reflexo das dificuldades ofensivas que tornam urgente o retorno de Willian e causam testes como a presença de Guerra como "falso 9".

"A opção pela mobilidade do Guerra foi para acontecer o que aconteceu, ganhando o meio com a flutuação dele e atacando pelas beiradas. Como foi no gol que abriu o placar a nosso favor. A entrada do Deyverson, para brigar por bola longa, rebote. Agora tenho o retorno do Willian, mas não foi ruim a mobilidade do Guerra. Conseguimos uma dinâmica diferente. Temos que fortalecer quem está aqui e recuperar os pontos fora de casa. Talvez tenha faltado lucidez, eficiência e dose de sorte em bolas que passaram pelo gol adversários e não concluímos", ponderou Roger.

Também causou preocupação no técnico do Palmeiras a quantidade de vacilos defensivos na noite deste sábado. Foi a primeira vez sob seu comando que a equipe levou três gols na mesma partida, sendo dois de bola parada: "Era algo que não acontecia há muito tempo. Bola parada decide jogo, como já fizemos a nosso favor. Eles tiveram mérito. Mas não tínhamos sofrido três gols de um mesmo adversário. Tudo conspirou a favor deles. Cometemos erros que determinaram nossa derrota. Isso a gente sente bastante".