M. Guilherme revela papo com Diniz e pressão por Petraglia no Atlético-PR

Ainda sem saber se ficará no Atlético Paranaense após ver seu vínculo de empréstimo encerrado com o São Paulo, o meia Marcos Guilherme retornou a Curitiba no aguardo do futuro. O interesse do jogador é ser negociado. Entre propostas da Arábia e a abertura do mercado europeu, Marcos Guilherme não descartou jogar pelo Furacão, apesar do desgaste entre ele e a torcida atleticana.

Depois de se despedir do São Paulo, Marcos Guilherme recebeu veículos de imprensa em sua casa na capital paulista, entre os quais o UOL Esporte. Pela primeira vez, o meia falou sobre a relação conturbada com a torcida do Atlético, que precedia a passagem pelo São Paulo. Para ele, que reconheceu um período de baixa com a camisa rubro-negra, boa parte se deve às declarações do presidente do Conselho Deliberativo, Mario Celso Petraglia, de que ele seria “um dos maiores jogadores” da história do clube.

“Creio que sim, ainda mais no momento em que eu passei, que não foi muito bom, que normalmente, por ser muito jovem, eu oscilei. Eu surgi muito bem, durante um, dois anos, mas creio que durante seis meses ali em 2016 eu dei uma caída de rendimento e creio que nesse momento aí essa frase aí veio com força, até pela relação que o Petraglia tem com a torcida do Atlético-PR, que não é muito boa, eles vieram pra cima de mim para também querer atingir ele. Creio que essa frase pesou num momento difícil”, disse o jogador, que no entanto se disse próximo do dirigente: “(Relação) Sempre foi muito boa, de muito respeito e lealdade. Da minha parte e da parte dele comigo.”

Diniz abriu portas para a volta do meia

Técnico e coordenador do departamento de futebol do Atlético, Fernando Diniz procurou Marcos Guilherme ainda no encontro entre os times pela Copa do Brasil, no Morumbi, em 19 de abril. “O Diniz também sabe de toda a situação, claro que ele também quer contar comigo para jogar no Atlético-PR, mas... isso também agora estando lá perto, em Curitiba, a gente vai poder conversar melhor e aí traçar a melhor estratégia”, contou Marcos Guilherme, que revelou outras conversas com o treinador: “Conversei com ele algumas vezes. Eu conheço ele, ele ficou um tempinho aqui no São Paulo, então tenho uma boa relação com ele.”

Ainda assim, a volta ao Atlético é algo distante, pelo que apurou o UOL Esporte. O jogador prefere uma transferência, mesmo declarando em público que não veria problemas em atuar novamente pelo Furacão. “Como eu disse, agora que eu vou pra lá que a gente vai ver. Mas se eu tiver que voltar, se eu tiver que atuar, sem problema algum. Até pelo carinho que eu tenho pelo clube, foi o clube que me revelou, então volto de cabeça erguida e com toda a disposição do Mundo, como sempre tive. Mas estou aberto à propostas, tenho algumas, estou esperando a chegada de outras e vou estudar com a minha família a melhor opção.”