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Jorginho recebe apoio na volta e é mediador em conflitos com torcida

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/06/2018 04h00

De volta ao Vasco, Jorginho transita com muita tranquilidade pelos corredores de São Januário. Demitido em novembro de 2016, o treinador experimentou uma rara situação entre técnicos do Brasil: voltou ao clube nos braços da torcida.

Logo na entrada do campo antes do jogo contra o Sport, no último sábado (9), pelo Brasileirão, o contato com o torcedor foi caloroso. Aplaudido e com o nome gritado por boa parte de São Januário, o treinador teve uma prova imediata do carinho que o vascaíno nutre por ele.

"Muito feliz de ter uma recepção como essa, fico muito grato à torcida", disse, emocionado, ao "Premiere".

Nesta segunda passagem, o comandante encontra uma novidade em um clube que conhece tão de perto. Historicamente, os bancos de reservas de São Januário ficavam atrás dos gols. Por um pedido de Zé Ricardo, os mesmos foram transferidos para a linha lateral. Mais pressão em cima dos auxiliares, mas também muito mais "corneta" sobre as comissões técnicas.

E foi justamente esse ambiente mais hostil que fez com que Jorginho tentasse atuar como um mediador. Com grande parte dos cruz-maltinos xingando Paulão, o técnico, agora bem mais perto do torcedor, tentou esfriar um pouco os ânimos daqueles que estavam a poucos metros da área técnica. Ele também teve de sair em defesa do criticado Erazo, que entrou durante o jogo.

"Sobre o Paulão e o Erazo, sei que a torcida quer uma atuação melhor. Mas quando as coisas estão difíceis, sempre levamos tudo para o lado negativo. O torcedor é passional, mas ele tem de entender o termômetro do jogo. Esse grupo está sendo muito machucado, mas está entendendo que é o momento de se fechar e se unir", disse.

Na última rodada antes da pausa para a Copa do Mundo, o Vasco visita o Internacional, quarta-feira, 21h45, no Beira-Rio.