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Batido apenas por Roger, Aguirre revê Atlético-MG após demissão controversa

Diego Aguirre foi treinador do Atlético-MG entre janeiro e maio de 2016 - Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro
Diego Aguirre foi treinador do Atlético-MG entre janeiro e maio de 2016 Imagem: Bruno Cantini/Clube Atlético Mineiro

Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

05/09/2018 04h00

Diego Aguirre dividiu opiniões em sua passagem pelo Atlético-MG em 2016. Demitido pouco mais de cinco meses após sua contratação, o técnico revê o Galo nesta quarta-feira (5) no estádio Independência. Embora não seja unanimidade entre críticos e fãs de seu trabalho, é dono do segundo melhor aproveitamento dos últimos dois anos no clube, período em que seis técnicos estiveram à frente da equipe - só Roger Machado teve números melhores.

Até hoje, nos bastidores do clube, há quem discorde da opção de Daniel Nepomuceno, então presidente, de tirar Aguirre do comando da equipe. Contudo, existem aqueles que eram favoráveis à saída, que aconteceu em maio de 2016.

Na ocasião, ele foi substituído por Marcelo Oliveira. Seu sucessor levou o time ao vice-campeonato da Copa do Brasil e terminou como quarto colocado do Brasileirão. O processo de saída do técnico se deu por dois motivos. Além de os resultados não terem agradado à comissão técnica, a escolha por alguns jogadores era considerada equivocada. O caso mais marcante foi quando optou por deixar Juan Cazares no banco de reservas contra do São Paulo, na Libertadores, para utilizar Júnior Urso e Patric improvisados.

Apesar das divergências, o uruguaio só teve desempenho inferior ao de Roger Machado na Cidade do Galo. Em sua estadia na capital mineira, o estrangeiro comandou o time por 31 partidas, com 16 triunfos, sete empates e oito reveses. Ele obteve 59,14% de aproveitamento. Na ocasião, venceu a Florida Cup e chegou até as quartas de final da Copa Libertadores, melhor campanha do time no torneio desde 2013, quando o faturou sob a batuta de Cuca. No entanto, perdeu a final do Campeonato Mineiro para o América-MG e recebeu duras críticas pelo fato.

Roger Machado, que treinou o time em 2017, permaneceu na Cidade do Galo por 42 partidas. Em sua passagem por Belo Horizonte, obteve 22 vitórias, nove empates e 11 derrotas. Campeão mineiro, ele deixou o clube com 59,52% de aproveitamento. O rendimento do gaúcho foi levemente superior ao do uruguaio à frente da equipe.

Thiago Larghi (com 55,5% de aproveitamento em 42 jogos), Oswaldo de Oliveira (55% em 20 partidas), Marcelo Oliveira (53,96% em 42 duelos) e Rogério Micale (46,15% em 13 confrontos) são os outros comandantes que passaram pelo clube no período.

O jogo desta quarta-feira será o primeiro de Aguirre como rival do Atlético-MG em Belo Horizonte. Eles se enfrentaram no primeiro turno do Brasileiro. O confronto, porém, ocorreu no Morumbi.

Técnicos do Atlético-MG desde 2016:

Diego Aguirre
31 jogos
16 vitórias
7 empates
8 derrotas
59,14% de aproveitamento

Marcelo Oliveira
42 jogos
18 vitórias
14 empates
10 derrotas
53,96% de aproveitamento

Roger Machado
42 jogos
22 vitórias
9 empates
11 derrotas
59,52% de aproveitamento

Rogério Micale
13 jogos
5 vitórias
3 empates
5 derrotas
46,15% de aproveitamento

Oswaldo de Oliveira
20 jogos
8 vitórias
9 empates
3 derrotas
55% de aproveitamento

Thiago Larghi
42 jogos
20 vitórias
10 empates
12 derrotas
55,5% de aproveitamento