Marcado por bancar Tite após vexame, Andrés muda estratégia pré-dérbi
A manutenção de Tite mesmo após a queda diante do Tolima na Libertadores de 2011 virou uma marca registrada da gestão Andrés Sanchez no Corinthians. É normal ver o presidente falar da polêmica decisão para exaltar os frutos colhidos meses depois, quando o time emendaria conquistas de Brasileiro, Libertadores e Mundial. Desta vez, no entanto, o dirigente tomou atitude diferente na hora de decidir sobre o futuro de Osmar Loss.
Minutos depois de ver, à distância, sua equipe ser derrotada pelo Ceará, o mandatário ordenou que o treinador fosse rebaixado novamente a auxiliar. No dia seguinte, o time já anunciava Jair Ventura. Tudo para evitar que uma eventual nova derrota, desta vez para o Palmeiras, fosse motivo de uma crise maior.
Em 2011, a situação foi parecida com Tite. Embora o tombo de ser eliminado na pré-Libertadores fosse muito maior do que uma derrota para os cearenses, a decisão daquela época passava justamente pelo fato de o Palmeiras ser o primeiro adversário após o vexame.
"Quando se perde, todo mundo tem seus erros. Aqui não tem nenhum herói e nenhum vilão. Ele tem a culpa dele, eu a minha, e os jogadores a deles", disse Andrés Sanchez na época.
Na manhã seguinte, depois de ter visto o Parque São Jorge, sua sede, depredado, o Corinthians ainda precisou lidar com uma invasão de seu Centro de Treinamento que terminou com carros quebrados e jogadores ameaçados.
O revés foi usado como motivação e acabou virando ponto de partida de uma reação que consagraria Tite como um dos melhores do país. Quatro dias depois de cair para o Tolima, o time foi ao Pacaembu e ganhou do seu arquirrival com gol do hoje dirigente Alessandro. Depois daquele jogo, os corintianos ainda ficaram mais sete jogos sem derrota e sofreram apenas um gol.
Naquele ano, o Alvinegro ainda viria a se tornar campeão nacional. Em 2012, foi a vez de conquistar a Libertadores e, depois, o mundo. Hoje, Tite é o técnico da seleção brasileira e um dos poucos que resistiram a uma eliminação em Copa.
Jair Ventura assume o Corinthians para estrear justamente contra o Palmeiras e com a missão de fazer a sua equipe subir na tabela do Brasileirão para, ao menos, conseguir uma vaga na Libertadores. O técnico herda uma equipe destroçada por desmanches recentes que tiraram até mesmo membros da comissão técnica.
Em 23 jogos, o Alvinegro perdeu nove, empatou seis e ganhou oito. São 43,5% de aproveitamento e oito pontos atrás da zona de classificação para a Libertadores com mais 45 pontos para serem disputados.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS X CORINTHIANS
Data: 09 de setembro de 2018, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP)
Árbitro: Jean Pierre Gonçalves Lima. (RS)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (Fifa-SP) e Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP)
PALMEIRAS: Fernando Prass; Marcos Rocha, Luan, Gómez e Victor Luis; Felipe Melo, Gabriel Furtado e Lucas Lima; Artur, Hyoran e Papagaio.
Técnico: Luiz Felipe Scolari
CORINTHIANS: Cássio, Mantuan, Léo Santos, Henrique e Danilo Avelar; Douglas e Ralf; Romero, Jadson e Pedrinho; Roger.
Técnico: Jair Ventura
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