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Romero explica sobre liberação e admite pensamento na final da Copa do BR

Marcello Zambrana/AGIF
Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Do UOL, em São Paulo

04/10/2018 18h30

O atacante corintiano Ángel Romero explicou, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (4), que obteve liberação do Paraguai para atuar na decisão da Copa do Brasil contra o Cruzeiro. Além disso, na véspera de duelo com o Flamengo pelo Brasileirão, em Itaquera, também admitiu que a finalíssima da próxima quarta (10) é o que ronda a cabeça dos jogadores do Corinthians no momento. 

"Contente pelo acordo, a gente buscava isso de não perder essa final. Para o clube é muito importante. Individualmente também não queria deixar de conhecer o treinador Osorio, ficar um tempo com o grupo, esse grupo novo que ele citou. Fico feliz por isso. Vou ficar à disposição para jogar a final e vou lá treinar, conhecer o treinador também. Vou jogar na quarta-feira, e a viagem é na quinta. Chego dia 11, volto dia 15 ou 16, ainda estamos meio em dúvida. Mas quero treinar aqui um dia antes com meus companheiros para pegar as ideias do Jair para esse jogo e chegar bem", comentou Romero. 

Dessa maneira, o paraguaio se apresentará ao novo treinador Juan Carlos Osorio depois do jogo de ida, em Belo Horizonte, e voltará ao Corinthians para treinar na véspera da finalíssima com o Cruzeiro. Para Romero, é o momento de aumentar sua história vitoriosa no clube.  

"Não imaginei fazer história no Corinthians. Eu tinha o sonho de fazer, mas não imaginei ficar muito tempo no clube. Nem ficar como o estrangeiro com mais jogos do Corinthians. Aqui vivi momentos bons e ruins. Com paciência, construí uma linda história no clube. Se o torcedor gosta ou não, é outra coisa. Mas eu como jogador, deixei minha marca no clube como jogador de raça, que ganha títulos", comentou.

"Na minha primeira entrevista aqui, em espanhol ainda, falei que queria fazer história. Passei muitos momentos ruins, que nunca deixei de acreditar no meu futebol, e o momento que me senti mais identificado com o torcedor foi o 6 a 1 contra o São Paulo, quando ganhei muita confiança, me senti muito bem e passei a acreditar mais ainda em mim. Hoje, posso falar: o torcedor pode gostar ou não de mim, mas estou contente pelo o que tenho feito pelo Corinthians", disse. 

"Vou ser mentiroso se, eu, como jogador, não pensasse neste jogo. A ansiedade é grande para jogar a final e ganhar um título. Mas estamos muito atrás no Brasileiro, a gente precisa somar, o Corinthians não merece estar onde está no Brasileiro. Se você perde no Brasileiro, perde confiança. Precisamos ganhar do Flamengo. Mas sim, pensamos no título, mas com tranquilidade. Será um rival difícil, o Cruzeiro, um treinador bom, o Mano. Tem jogadores aqui que ganharam muitos títulos, como Ralf, Danilo, Cássio e Emerson, e eles passam para os mais novos conselhos que ajudem que o grupo fique mais tranquilo para a final", explicou Romero. 

Confira mais respostas de Ángel Romero:

A partida memorável
O jogo mais importante na Arena foi aquele 3 a 2 contra o Palmeiras (Brasileiro do ano passado). Pelo momento, a gente precisava vencer. A prévia também foi muito boa, com o treino na Arena com nosso torcedor. Esse jogo foi a vitória mais importante.

Evolução com Jair Ventura
Jair aos poucos vai implementando as ideias dele. Chegou num momento que a gente precisava mais de resultado que outra coisa, era difícil mexer. Teve jogos contra Palmeiras e Flamengo no Maracanã. Pouco tempo para mexer no time, depois tivemos uma semana longa, com muita tática, treinamos bola parada, defensivamente ficamos mais compactos, aos poucos ele está colocando a ideia dele, sempre com o DNA do Corinthians. Vai ser difícil vir um treinador que queira mudar o sistema do Corinthians. Esse é um time lutador, que nunca desiste e com sonhos de ganhar títulos. Jogador que vem aqui quer títulos. Não temos elenco grande, mas queremos títulos. Ninguém acreditava que a gente ia chegar na Copa do Brasil, pelo momento do clube, por perdermos jogadores, mas aqui dentro a gente sempre acreditou que ia chegar na final da Copa do Brasil.

Jogador versátil
Acho que não saber marcar, é fazer as duas funções no mesmo tempo. É difícil você fazer as duas coisas bem, ou você marca ou você ataca, depende do adversário. Contra o Flamengo, no Maracanã, quase não ataquei, o jogo permitia isso. Mas em casa eu estou mais perto da área, fico mais à vontade para atacar. Independente do rival, na Arena tenho mais chances. Tem que ver o momento do time para atacar e marcar. Na Europa todo mundo joga deste jeito também. No Corinthians, o sistema pede isso. Você citou Malcom e Jorge Henrique, mas todos que jogam nas pontas têm que fazer isso. Todos os técnicos pedem isso.

Jejum de gols
Sempre me cobro por isso, por deixar de fazer gols em jogos que eu preciso fazer. Sempre me cobro sobre isso. Faz um tempinho que não faço gols, mas porque mudei a posição, o sistema, mudou o treinador, na direita tenho que voltar para marcar. É diferente de jogar como centroavante, que você fica mais perto do gol. Mas sempre me cobro. Joguei na direita nos últimos quatro anos e fazia gols, não é desculpa isso. Sempre tento o gol, quando não faço eu saio nervoso. Como atacante, acho que é normal isso.

- Ele não marca desde 1 de agosto, contra a Chapecoense

Flamengo novamente
Cada jogo é diferente, na quarta passada foi jogo de Copa do Brasil, a gente precisava da vitória, um jogo mais fechado, esse vai ser mais aberto, os dois times precisam dos pontos. A gente entrou com muito cuidado para não tomar gol. Agora vai ser mais aberto.

Díaz estreou no Corinthians
Fiquei feliz por ele, um cara que sofreu muito, jogador de muita qualidade, conhecia ele do Cerro Porteño, tinha acompanhado jogo dele na Europa. Vai nos ajudar, novo, tem qualidade, passou por momentos ruins, teve a lesão que deixou ele por 11 meses fora. Difícil voltar, sempre falava que estava ansioso, que queria voltar, agora está com mais confiança depois de entrar e fazer um bom jogo, para voltar a ser aquele Díaz. Esse jogo que ele entrou vai dar muita confiança.

Vai renovar?
A gente tem que sentar para negociar. Minha vontade é sempre de ficar. Tenho o sonho de jogar na Europa um dia, mas estou muito feliz aqui. Me adaptei a tudo, é muito perto do Paraguai, estou feliz aqui, mas tem que negociar. Não depende só de mim nem só do Corinthians, tem que sentar em dezembro ou em julho (fim do contrato). Sei que eles querem, está tudo bem.

Contrato até meados de 2019
Então, de renovação, ainda não tive oportunidade de falar com ele, a gente sempre brinca, mas é uma coisa que a gente tem que sentar para negociar. Ele sabe da minha vontade de ficar no clube, todo mundo sabe, temos que sentar e falar. Tenho contrato de oito, sete meses. Temos que sentar e negociar. Minha vontade é de ficar e do clube é de renovar.