Técnico e "psicólogo" de medalhões. Os dez dias de Dorival no Flamengo
Dorival Júnior foi contratado de forma relâmpago pelo Flamengo. A demissão de Maurício Barbieri fez a diretoria apostar no experiente treinador na tentativa de buscar o título do Campeonato Brasileiro nas últimas rodadas. Até o momento, a mudança - ainda que tardia - deu frutos e o Rubro-negro se credencia para brigar pela taça mesmo após as traumáticas eliminações recentes.
Mas a correria do futebol brasileiro cobra o seu preço. O tempo é curto. Dorival, por sorte, já teve uma semana livre logo nos primeiros dez dias de trabalho, fato que se repetirá. E foi aí que, além de técnico, exerceu o trabalho de psicólogo no Ninho do Urubu.
O comandante conversou muito com o elenco e desde que chegou optou por referendar jogadores que estavam em rota de colisão com a torcida, casos de Vitinho e Uribe. O primeiro foi a maior contratação da história do clube - cerca de R$ 45 milhões - e teve a melhor atuação na vitória por 3 a 0 sobre o Corinthians.
“A oscilação é natural. O Vitinho chegou no fim da temporada europeia, vejo como normal o fato de ter dificuldades”, afirmou.
Com a confiança transmitida pelo comandante, o atacante se soltou. Se esteve longe dos melhores momentos da carreira, ao menos se apresentou, quase fez dois gols sobre os paulistas e terminou sendo um dos responsáveis pelos dois gols de Lucas Paquetá, já que cobrou os escanteios.
A prova de que Dorival Júnior faz questão de referendar as escolhas está nos atacantes Uribe e Geuvânio. O colombiano ganhou o status de titular com o técnico mesmo longe da melhor forma, enquanto o segundo foi resgatado e voltou a ser relacionado para as partidas.
“É preciso paciência. O Uribe retornou de lesão. A qualquer instante nos dará uma resposta. Temos o Dourado preparado, Lincoln, um garoto muito bom”, encerrou.
Com papo e ajustes pontuais no time, principalmente na questão da postura, Dorival Júnior tenta o improvável: levar o Flamengo ao título brasileiro em poucos jogos. A disputa está aberta, e o técnico "psicólogo" espera sorrir na última rodada.
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