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Seriedade do "grupo bom de festa" mostra que Cruzeiro não largará o ano

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Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

22/10/2018 04h00

O momento das comemorações pelo hexacampeonato da Copa do Brasil ficou para trás. Quem imaginou que o Cruzeiro iria largar mão do Brasileiro e continuaria curtindo a ressaca nesta reta final acabou se enganando. A vitória convincente por 3 a 0 diante do Chapecoense mostrou que Mano não estava blefando quando disse que iria usar a força total nos últimos jogos. Após a partida no Independência, o treinador valorizou o comportamento que o time teve, apesar do clima de festa ainda presente para a torcida.

"Primeiro, a confirmação de que meu grupo é bom de festa. Recupera bem, sabe comemorar, mas na hora da responsabilidade ele vai para campo e faz o primeiro tempo que fizemos. Definimos o jogo na primeira parte. São os fluídos do título, leveza, hoje a bola entrou com mais facilidade. Em outros momentos fizemos tanta força para marcar. Hoje fizemos três, mas nem tantas oportunidades claras. A bola entrou mais fácil", comentou o treinador.

Além de ver seu time construir o placar ainda no primeiro tempo, Mano não abriu mão dos seus atletas e entrou com o time totalmente titular. Até mesmo Arrascaeta, que enfrentou uma maratona do Japão para São Paulo antes de entrar e definir a Copa do Brasil no dia seguinte. O camisa 10 da Raposa começou jogando e só deixou o campo no segundo tempo para a entrada de Rafinha.

Passado o jogo contra a Chape, o Cruzeiro tem mais dois jogos em casa, ambos contra equipes que lutam contra o rebaixamento. A possibilidade de enfrentar times tecnicamente piores não faz Mano pensar na possibilidade de mudanças. Para o treinador, as próximas trocas no time só serão realizadas por motivos de condicionamento físico. Mas nada de experiências ou de 'vestibular' para atletas pouco utilizados.

"Vou repetir o que já disse muitas vezes. O Cruzeiro tem vários titulares, não são 11 ou 12. O que eu não preciso mais fazer é tirar uma equipe inteira e botar uma outra diferente. Isso traz prejuízos. Agora, podemos rodar dois, quando estiver desgastado. Quando jogar quarta, domingo, quarta, é bem provável que não vamos utilizar sempre os mesmo jogadores nessa sequência, mas aí não é porque eu quero cuidar de algum para o futuro. É porque o jogador que vai entrar vai estar melhor", completou.