Longe do título, Fla vê "prêmio de consolação" pela 3ª vez com Bandeira
O empate com o São Paulo por 2 a 2 deixou o Flamengo ainda mais distante do título brasileiro. Seis pontos atrás do líder Palmeiras no Campeonato Brasileiro, o Rubro-negro tem chance de apenas 2,7% de erguer a taça segundo o site Chance de Gol. Ainda que se agarre na matemática para manter o sonho vivo, o clube lida com uma espécie de frustração nas seis rodadas finais.
Sob o comando do presidente Eduardo Bandeira de Mello, o Flamengo encara o terceiro ano consecutivo com tropeços decisivos na busca por um título de expressão e vê o "prêmio de consolação" depositado em uma vaga na Copa Libertadores. Caso vença o clássico contra o Botafogo, sábado (10), às 19h (de Brasília), no Engenhão, o Rubro-negro estará matematicamente garantido na principal competição do continente.
É pouco, no entanto, para o milionário investimento no departamento de futebol. Desde que passou a ter o título nacional como meta na atual administração, o Flamengo nunca gastou tanto quanto nas duas últimas temporadas. A folha salarial ultrapassa os R$ 10 milhões mensais. O orçamento anual da pasta beira os R$ 200 milhões. O clube só não investe mais do que o Palmeiras.
A força do Rubro-negro no mercado aumentou, mas ainda não se traduziu em conquistas. Pelo contrário. Os recentes gols perdidos por Lucas Paquetá e Vitinho retrataram um Flamengo que falhou nos jogos mais importantes do ano e assim foi eliminado do Campeonato Carioca, da Copa Libertadores e da Copa do Brasil.
Uma vaga na Libertadores faz parte da série de metas estipuladas pela administração. Inclusive, o feito foi muito comemorado no ano passado, quando o Rubro-negro terminou o Brasileirão na modesta sexta colocação, com 56 pontos. Uma foto da celebração do elenco e de dirigentes após o triunfo sobre o Vitória por 2 a 1 continua sendo alvo de duras críticas da oposição após quase 365 dias.
Na última temporada, o time perdeu as finais da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana, além de ter sido eliminado na fase de grupos da Libertadores sem nenhum ponto somado fora de casa. O título invicto do Campeonato Carioca foi o único desde que Bandeira de Mello se reelegeu.
Em um Flamengo que se reestrutura financeiramente e sonha com o protagonismo no futebol do país, a frustração por uma temporada sem título é evidente, ainda que publicamente se defenda o trabalho realizado e não se jogue a toalha na busca pelo Brasileirão. É denominador comum que o resultado está muito aquém do prometido e, principalmente, investido.
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