Montillo rebate cruzeirenses, cita jogo com filho na UTI, mas promete não comemorar gol
O meia Walter Montillo, do Santos, demonstrou irritação ao comentar um possível protesto de torcedores do Cruzeiro no reencontro com seu ex-clube neste domingo, às 16h (de Brasília), no Mineirão, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. O argentino contrariou versões sobre sua saída da equipe de Belo Horizonte, e ainda ressaltou que "honrou a camisa" do clube ao lembrar que entrou em campo para defender o time mineiro até quando o seu filho estava na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital.
"Fiquei bravo porque falaram que eu vim aqui (para Santos) já em dezembro fazer exames médicos e que minha família já estava aqui há muito tempo procurando escola para os meus filhos. Isso não é verdade, estava de férias (na Argentina) curtindo a minha família. Tomei uma decisão de sair, mas foi algo justo, pois o clube vivia um momento ruim economicamente. Há um ano e meio que não trazia jogadores de peso", desabafou Montillo.
"Quando precisaram de mim para brigar contra o rebaixamento, lutei. Joguei duas vezes no Cruzeiro com o meu filho (Santino) na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Fico bravo porque a minha esposa precisava de mim. Depois, ainda falam isso. Eles têm que respeitar a pessoa do outro lado. Gosto muito das pessoas do Cruzeiro, da torcida, mas quando falam de mim e de minha esposa fico bravo", completou.
Apesar da bronca, Montillo fez questão de dizer que “por respeito” não comemorará o gol caso balance as redes no duelo entre Cruzeiro e Santos no Mineirão.
"Se fizer o gol não vou comemorar. Respeito o time. E se estiver contra o Santos no futuro, também não vou comemorar. Sou um cara que respeito. Vou ficar feliz (se marcar gol), mas não vou comemorar porque respeito", disse.
Por meio da conta oficial do clube no Instagram, o Cruzeiro publicou uma mensagem repreendendo os torcedores com os seguintes dizeres: "Torcedor que joga objetos no gramado joga contra o Cruzeiro".
A polêmica começou no último domingo, quando alguns cruzeirenses, por meio das redes sociais, manifestaram a intenção de atirar moedas no meia argentino, que enfrentará o ex-clube pela primeira. No entanto, o artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva prevê punição à agremiação, com perda de mando de campo, se os torcedores atirarem objetos no gramado.
A revolta da torcida com Montillo aconteceu no início do ano, quando o meia argentino se transferiu para o Santos, uma negociação que rendeu seis milhões de euros ao clube celeste, além do retorno do volante Henrique. Na época, os torcedores acusaram o meia de estar forçando a saída para o time paulista e o acusaram de “mercenário”.
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