O América-MG chegou à sua quarta vitória consecutiva na Série B do Brasileiro, ao vencer o Criciúma, por 3 a 0, neste sábado, no estádio Independência, mantendo assim os 100% de aproveitamento e quebrando a invencibilidade do adversário. Dessa forma, o time americano isolou-se na liderança da competição, com 12 pontos, três a mais que América-RN e o próprio Criciúma, que somam nove e são 2º e 3º lugares, respectivamente.

Os dois times chegaram a esse jogo com três triunfos no mesmo número de partidas. Além disso, o confronto reuniu, de um lado o ataque mais positivo, do Criciúma, com 10 gols, contra a defesa menos vazada, a americana, que nas três rodadas iniciais tinha sofrido apenas um gol, ao lado de Ipatinga e ABC. O sistema defensivo americano levou a melhor e completou três partidas seguidas sem ser vazado. O único gol sofrido até o momento foi na estreia, no triunfo sobre o Ceará, por 2 a 1.

Foi a segunda vitória do América na edição atual da Série B como mandante. A anterior tinha sido sobre o CRB, por 4 a 0. Como visitante, o time de Givanildo Oliveira tinha vencido o Ceará, em Fortaleza, e o Paraná, por 1 a 0, em Curitiba. E o América volta a ser visitante na próxima terça-feira, pela quinta rodada, quando visitará o São Caetano, no ABC paulista.

Já o Criciúma sofreu sua primeira derrota na Série B deste ano. A equipe catarinense vinha de triunfos sobre o Guaratinguetá, por 4 a 1, como mandante, Bragantino, fora de casa, por 4 a 3 e 2 a 1 sobre o Vitória, em casa. No primeiro jogo em que seu ataque passou em branco, veio o tropeço diante do líder da competição. O time de Paulo Comelli tentará se recuperar, sábado que vem, contra o Goiás, em seu campo.

O América-MG começou o duelo entre equipes 100% com enorme disposição ofensiva. O time da casa pressionou o Criciúma, desde que a bola rolou. Logo a 3 min teve um gol anulado, marcado por Leandro Ferreira, que completou chute de Fábio Júnior. A arbitragem assinalou impedimento do volante americano. A equipe anfitriã, no entanto, não desanimou e seguiu no ataque.

Aos 5 min, Fábio Júnior novamente na área adversária recebeu a bola e girou para finalizar, mas a bola foi desviada a escanteio. Três minutos depois, o Criciúma chegou com perigo pela primeira vez, mas muito mais por descuido americano do que por mérito dos visitantes. O goleiro Neneca devolveu mal a bola, colocando nos pés de Lucca, que bateu forte, levando perigo.

Com exceção desse lance, no entanto, o América-MG tinha o controle do jogo e, aos 12 min, marcou o gol. Bruno Meneghel aproveitou rebote do goleiro Douglas Leite, após cabeçada do zagueiro Gabriel e estufou as redes da equipe catarinense. A partida seguiu controlada pelo América, que tocava bem a bola, comandada no meio por Gilberto e Rodriguinho. O Criciúma vivia de esporádicos contra-ataques.

A equipe de Givanildo Oliveira não reduziu o ritmo e seguiu criando chances, alternando chutes de longa distância, como em tentativas de Gabriel e do estreante Agenor com jogadas de penetrações, pelos lados de campo. Numa delas, Bruno Meneghel recuperou a bola, tocou a Fábio Júnior, que cruzou, mas nenhum atacante completou.

Aos 29 min, o Criciúma teve sua melhor chance na etapa inicial, em um lance polêmico. O assistente assinalou impedimento do ataque catarinense, mas o árbitro Paulo César Oliveira não confirmou a marcação, mandou o lance seguir, só que Zé Carlos chutou a bola no rosto de Neneca. “Eu parei porque ele (assistente) levantou a bandeira, pensei vou parar porque está impedido, aí o juiz manda seguir, a gente não tem culpa”, justificou o atacante do time catarinense.

À essa altura, os visitantes estavam melhor em campo. Aos 38 min, Fransérgio chutou e Neneca salvou. “Tivemos quatro chances de fazer e não fizemos gol, o time deles foi lá duas vezes e marcou”, lamentou Diego Oliveira. O segundo do América foi marcado aos 46 min, por meio de Agenor, de cabeça, aproveitando cruzamento de Gilberto. “Estou muito feliz neste clube, a estreia está muito boa até agora”, disse o volante.

O Criciúma voltou para o segundo tempo com uma mudança: Giovanni Augusto, emprestado pelo Atlético-MG, no lugar de Gilmar. E o time visitante reiniciou a partida pressionando os donos da casa, que mantiveram o time titular. A equipe de Givanildo recuou e se posicionou para tentar os contra-ataques.

Os catarinenses atacavam com perigo, mas esbarravam no goleiro Neneca, que sofreu uma pancada na região lombar, aos 12 min, e teve de receber atendimento médico. A pressão era grande e quando o camisa 1 era vencido, algum companheiro evitava o gol do oponente, como Bryan, aos 16 min, em chute de Fransérgio ou a trave em jogada de Giovanni Augusto.

Se o Criciúma perdia gols de um lado, o América desperdiçava do outro, com Fábio Júnior e Gilberto, aos 17 min e 20 min, respectivamente. Mas o América acertou o alvo, aos 23 min, quando Leandro Ferreira acertou belo chute, de longe e chegou ao terceiro gol, igualando ao time catarinense como o ataque mais positivo do certame, ambos com 10 gols. A trave ainda salvou o América mais uma vez.