Topo

Série B - 2019

Vilson é o terceiro caso de atleta que "bate e volta" no Palmeiras em 2013

Técnico Gilson Kleina conversa com o zagueiro Vilson, que voltou ao Palmeiras após negociação fracassar - Maurício Duarte/UOL
Técnico Gilson Kleina conversa com o zagueiro Vilson, que voltou ao Palmeiras após negociação fracassar Imagem: Maurício Duarte/UOL

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

05/09/2013 06h00

A inusitada situação enfrentada pelo zagueiro Vilson não é novidade no Palmeiras. Ele não foi o primeiro atleta a se despedir do elenco, ter sua saída confirmada, e depois precisar retornar à Academia de Futebol como se nada houvesse acontecido. De maneira bastante semelhante, outros dois atletas, que já não fazem mais parte do grupo alviverde, passaram pela mesma confusão neste ano.

Ainda em julho de 2013, o meio-campista Patrick e o atacante Maikon Leite enfrentaram negociações confusas. Atualmente, o primeiro defende o Sport e o segundo, o Náutico. No entanto, para que eles saíssem do Palmeiras foi bastante conturbado e com informações desencontradas. Assim como ocorreu agora com Vilson.

Maikon Leite, que havia perdido espaço na equipe no início da Série B do Campeonato Brasileiro, havia sido negociado com o Umm-Salal, do Catar. A transferência, anunciada pelo Palmeiras, era por empréstimo de um ano. O atleta se despediu do elenco no CT do clube e já estava com a viagem marcada. Porém, uma semana após o acerto, a equipe árabe resolveu mudar os termos do contrato e o jogador retornou ao time alviverde e foi reintegrado. Depois, foi negociado com o Náutico.

Com Patrick o caso foi parecido. O Palmeiras confirmou o empréstimo do atleta ao Gangwon, da Coreia do Sul. O negócio foi fechado corretamente. Com contrato firmado até novembro, ele foi mais um que bateu e voltou no exterior. Ainda em julho, a equipe sul-coreana o mandou de volta ao Brasil, alegando que precisava abrir uma vaga para estrangeiro na equipe. O jogador voltou a treinar na Academia de Futebol e, sem espaço no time de Gilson Kleina, logo acertou a transferência para o Sport.

O goleiro Fernando Prass, um dos líderes do elenco, afirmou que Vilson não irá se abalar com o ocorrido. Ao contrário dos outros que acabaram deixando o clube após negociações fracassadas, o jogador tem prestígio com o treinador e deve seguir como titular. “É um jogador habituado, acostumado ao clube e ao time. Nessa fase da competição todo jogador faz falta. O Vilson é um cara que tem uma cabeça boa e não vai ter problema nenhum. Não vai sentir nada por ter retornado ao Palmeiras”, disse o arqueiro.

Vilson chegou a ir até a Alemanha para “descobrir” que sua negociação não tinha dado certo. Segue o mistério, no entanto, sobre o que de fato aconteceu para que o acerto do jogador com o Stuttgart melasse. O jogador havia sido vendido por R$ 700 mil. José Carlos Brunoro, diretor-executivo do Palmeiras, disse que era preciso perguntar ao empresário do atleta.

O defensor havia sido negociado por conta de uma cláusula no contrato que obrigava o Palmeiras a negociá-lo em caso de proposta do exterior até o dia 31 de agosto deste ano. No entanto, o diretor do clube alemão Fredi Bobic revelou na semana passada que o defensor não seria mais contratado, mas não deu detalhes do motivo. Segundo a imprensa alemã, a forma de pagamento para o Palmeiras e a negociação entre o Stuttgart e o zagueiro seriam os entraves.