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Série B - 2019

Em tom de despedida do Palmeiras, Kleina cita música de Roberto Carlos antes do acesso

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

25/10/2013 13h06

“Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”. A célebre frase da canção Emoções, de Roberto Carlos, foi citada pelo técnico Gilson Kleina em entrevista nesta sexta feira. O tom melancólico de despedida do comandante do Palmeiras contrasta com o momento de euforia que o time vive.

A equipe pode confirmar o retorno à Série A do Campeonato Brasileiro neste sábado. Para isso, basta empatar com o São Caetano no Pacaembu. O comandante alviverde, no entanto, deixa transparecer a frustração por viver uma indefinição: com contrato até dezembro deste ano, ele não sabe se continua em 2014.

Kleina, embora meça as palavras, não esconde o tom de adeus ao falar sobre o assunto. O técnico ainda não foi procurado pela diretoria. “Não tivemos conversa nenhuma, em momento algum foi conversado sobre 2014, planejamento, renovação. É uma coisa que a gente acata. Tenho que canalizar forças até 31 de dezembro. Essa posição pode ser tomada com o acesso ou simplesmente com o término do contrato. É uma coisa normal. Vou acatar a decisão dessa gestão”, declarou.

O treinador preferiu exaltar os momentos que viveu no comando do Palmeiras. Para ele, sua passagem, mesmo que seja interrompida no final deste ano, foi proveitosa e sua carreira atingiu um novo patamar. “O importante é que o tempo que estou passando aqui não foi ocioso. Eu cresci muito. Também entendo que foi uma parceria muito transparente, por todas as dificuldades que o Palmeiras passou este ano. Uma delas foi a financeira. Vamos ver o que é melhor para o futuro do Palmeiras e para o nosso”, avaliou.

Kleina afirmou ainda que jamais irá ouvir propostas de outros clubes enquanto estiver trabalhando na equipe do Palestra Itália. “Se as coisas não acontecerem, preciso entender também que o futuro segue para o profissional Gilson Kleina. Mas enquanto não tiver decisão aqui, jamais vou me colocar à disposição de outro clube. Vou terminar aqui”, garantiu.

O técnico não esconde a vontade de permanecer. Seu desejo é poder trabalhar no ano que vem com o elenco que montou para voltar à elite do futebol. Contudo, é da opinião de que a diretoria precisa começara  pensar o próximo ano. “Independentemente da minha permanência ou não, o Palmeiras já tem  que começar a fazer um planejamento paralelo pra 2014, ano do centenário. Até para eles terem tranquilidade”, opinou.