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Aceno do Palmeiras para renovar com Kleina tranquiliza vestiário alviverde

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

14/11/2013 06h00

A notícia de que o Palmeiras busca uma renovação de contrato com o treinador Gilson Kleina tranquilizou o vestiário palmeirense. Os jogadores receberam a informação do diretor executivo José Carlos Brunoro e agora torcem para que o comandante e o clube entrem em um acordo para 2014, ano do centenário do time do Palestra Itália.

“A gente fica feliz, a gente sempre vinha falando do bom trabalho dele. Às vezes as pessoas não veem como ele trabalha nos bastidores. O grupo todo gosta muito dele e tem respeito por ele, assim como ele tem por nós”, comentou Henrique, zagueiro e capitão alviverde.

Kleina possui o apoio incondicional do elenco palmeirense, que há tempos vem pedindo sua manutenção. Líderes do elenco fizeram uma espécie de campanha para o treinador dentro do clube alviverde. Quando a diretoria veio finalmente a público admitir o desejo de manter o técnico, os atletas foram parabenizar o comandante e pedir que ele aceite a proposta.

“Todo mundo já deixou bem claro a opinião quando perguntado. E é um assunto que de tanto falarem acaba incomodando. É um assunto que a diretoria vai resolver com o Kleina. Todo mundo foi bem claro ao dizer o que achava. Agora fica a cargo da diretoria. Todo mundo sabe do carinho, não tem mais o que falar”, afirmou o atacante Alan Kardec.

No entanto, uma questão emperra a negociação. O fato de ter sido procurado somente depois que o diretor executivo José Carlos Brunoro não conseguiu acertar com o argentino Marcelo Bielsa o deixou bastante irritado. Além disso, embora a diretoria negue, o treinador acredita que outros profissionais do Brasil foram sondados. Ou seja, ele se tornou a última opção possível.

“Não acho que ele está chateado. É um profissional e as coisas no futebol são assim. Ele está tranquilo. Temos um respeito por ele e ele por todos os jogadores. A gente fica feliz que ele possa ficar”, disse Henrique. "Não me senti preterido. Tenho de manter meu papel para cumprir a missão que nos foi dada", completou o próprio Kleina.

Gilson Kleina nunca foi prioridade no Palmeiras para permanecer no cargo em 2014. Depois da negativa do argentino Marcelo Bielsa, no entanto, a diretoria veio a público dizer que ele era a "primeira opção no Brasil" para comandar o time alviverde. Essa súbita mudança de direção na cúpula palmeirense faz com que ele saia de preterido para desejado. Ciente disso Kleina deve endurecer o jogo para renovar.

Ele realmente deve permanecer em 2014, mas ganhou um elemento a mais para negociar: o fato de a diretoria ter admitido publicamente que ele é a única opção que cabe no orçamento. Isso dever aumentar suas exigências, ainda mais por saber que foi oferecido a Bielsa mais do que o seu salário mensal de cerca de R$ 300 mil.