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Presidente da Lusa diz que time joga Série B e que torcedores atrapalharam

Ilídio Lico, presidente da Portuguesa - Marlene Bergamo/Folhapress
Ilídio Lico, presidente da Portuguesa Imagem: Marlene Bergamo/Folhapress

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

20/04/2014 11h47

O presidente da Portuguesa, Ilídio Lico, disse que o time vai jogar a Série B e lamentou o abandono de campo na sexta-feira. Em entrevista ao UOL Esporte, ele afirmou que, na tentativa de ajudar, os torcedores acabaram prejudicando o clube. “Tá fazendo para ajudar, mas atrapalha”. A declaração é sobre as liminares obtidas por torcedores na Justiça comum. A direção do clube acredita que no fim todas elas serão todas derrubadas. “A nossa ação que tinha mais legitimidade caiu”, lamentou o presidente. 

Sem esperanças de reverter a situação nos tribunais, ele vai colocar o time para disputar a segunda divisão e mencionou a força das equipes cariocas e da CBF para justificar a descrença. “A Justiça não vai me ajudar”. Desta maneira, a Portuguesa vai entrar em campo nas próximas partidas da Série B.

A decisão já havia sido sinalizada pelo advogado da equipe, Daniel Neves, ainda no sábado à noite, quando falou que a Lusa acatará as decisões da Justiça. O presidente do clube disse que hoje a realidade é a Série B. “É uma injustiça? É. Mas é a realidade”, reclamou.

Lico contou que na sexta-feira um conselheiro e o filho dele receberam ligações informando que, caso a Portuguesa jogasse contra o Joinville pela estreia da Série B, ele seria preso. Naquele momento, valia uma liminar concedida pela Justiça de São Paulo mantendo o clube na primeira divisão.

Mesmo assim, a Lusa entrou em campo em Joinville, mas aos 17 minutos do primeiro tempo abandonou o gramado. Havia a possibilidade de punições porque, ao realizar a partida, uma ordem judicial estava sendo descumprida. No sábado à noite, o Superior Tribunal de Justiça, em Brasília, derrubou a decisão, o que era esperado pela Lusa.

O presidente da Portuguesa também revelou que ao meio-dia de sexta-feira, dia da estreia na segunda divisão, falou com o presidente eleito da CBF, Marco Polo Del Nero, e manifestou a vontade de não jogar. Ouviu que a liminar seria derrubada e o conselho para que disputasse a partida em Joinville. Mas o presidente da Portuguesa ressalta que não existiu coação. “Em nenhum momento fomos pressionados pela CBF.”

Nesta semana, a direção da Portuguesa vai procurar a CBF para discutir a situação. O clube corre risco de sofrer punições e foi citada até a exclusão da segunda divisão do Campeonato Brasileiro.