Topo

Joinville quebra invencibilidade do Boa Esporte e volta ao G4 da Série B

Do UOL, em Belo Horizonte

19/08/2014 21h24

O Joinville não teve vida fácil diante do Boa Esporte, mas conseguiu fazer prevalecer o mando de casa, ao vencer, por 2 a 1, na noite desta terça-feira, na Arena Joinville, retornando ao G4 da Série B do Brasileiro, condição que havia sido perdida na rodada anterior após derrota para a Ponte Preta, como visitante. O time catarinense saiu à frente do placar, permitiu o empate ainda no primeiro tempo. Os dois gols foram bonitos e parecidos, ambos de voleio, marcados por Fabinho e Fernando Karanga, respectivamente.Na etapa final, com um jogador a mais, fez o segundo tento, por intermédio de Marcelo Costa, em cobrança de pênalti.

Fernando Karanga foi expulso no segundo tempo, deixando sua equipe com 10 jogadores em campo. Dessa forma, o Boa Esporte não resistiu à pressão do Joinville, que já era grande, até que a arbitragem marcou pênalti de Thiago Carvalho em Edgar Júnior, que foi bem cobrada por Marcelo Costa. O time catarinense foi a 29 pontos e voltou à zona de acesso. Já o time de Varginha teve interrompida sua série invicta após a Copa do Mundo, quando tinha cinco vitórias e um empate. Dessa forma, o Boa segue com 24 pontos. Nedo Xavier, por reclamação, foi expulso.

As fases do jogo:O primeiro tempo começou com o Boa Esporte mais perigoso no ataque, finalizando mais a gol, enquanto o Joinville parecia sentir a pressão pela má campanha pós-Copa do Mundo. O time da casa limitava-se a cruzar bolas altas visando Jael, que estava bem marcado pela zaga da equipe visitante. Quando pôs a bola no gramado, abriu o marcador, aos 17 min, em belo voleio de Fabinho, após rebote do goleiro João Carlos. Depois disso, o Joinville acuou o adversário, que demorou a voltar a atacar. Quando conseguiu, empatou aos 30 min, com Fernando Karanga, também em voleio. Aí foi a vez de o time anfitrião sentir o gol sofrido e deixar o oponente assumir o controle do jogo. Aos 39 min, Ivan evitou o gol da virada adversária, em chute de Tomas. Jael, aos 47 min, de cabeça, obrigou João Carlos a evitar o desempate no último lance da 1ª etapa.

O segundo tempo começou da mesma forma que terminou a etapa inicial. Com uma cabeçada perigosa de Jael, que assustou o goleiro João Carlos. Cada time voltou com uma mudança. No Joinville, Bruno Aguiar cedeu lugar a Tiago Medeiros, enquanto Diego substituiu a Ualison Pikachu, que teve atuação discreta, no Boa Esporte. O time da casa pressionou o adversário em busca do segundo gol, desperdiçando chances seguidas. A equipe mineira não conseguia repetir a boa atuação da maior parte do tempo inicial. Jogadores de criação, como Tomas e Clébson, que foi substituído por Luiz Eduardo, estavam apagados. Para complicar a situação do visitante, o atacante Fernando Karanga, que tinha amarelo por reclamação, foi expulso após falta em Rogério. O Joinville seguiu pressionando e fez o segundo gol, com Marcelo Costa.

O melhor: Fabinho – Além de marcar um belo gol, de voleio, foi o responsável pela criação das principais jogadas ofensivas do Joinville, ainda finalizando bastante, até mesmo de bicicleta, em lance em que teve azar, porque a bola passou perto e foi para fora, assustando o goleiro João Carlos. Foi substituído na reta final por Marquinhos e saiu aplaudido de campo.

O pior: Fernando Karanga – Autor do gol do Boa, na etapa inicial, foi expulso no segundo tempo, deixando seu time com um jogador a menos e facilitando o trabalho ofensivo do Joinville, que conseguiu o gol da\ vitória.

A chave do jogo: Expulsão de Karanga – Em uma partida equilibrada, em que o Boa Esporte sofria, mas resistia à pressão, ficar com um jogador a menos foi fatal para o clube mineiro, que sofreu gol em cobrança de pênalti, perdeu o jogo e sua invencibilidade.

Toque dos técnicos: Pressionado pela necessidade de vitória, o técnico Hemerson Maria montou um esquema ofensivo, com três atacantes, contando com a volta do artilheiro do time, Jael, após cumprir suspensão na derrota para a Ponte Preta. Mas, Nedo Xavier não ficou atrás e, mesmo jogando como visitante, não teve postura defensiva na maior parte do jogo, buscando o gol para continuar sua ascensão na tabela de classificação da Série B. Não conseguiu, depois que ficou com 10 jogadores contra 11 do adversário.

Para lembrar:

Camisa branca dá sorte. A vitória sobre o Boa Esporte foi a quarta em que o Joinville atuou com camisa branca na Série B do Brasileiro, aumentando um pouco a superstição da torcida da equipe catarinense.

Joinville pede pênaltis, arbitragem ignora. Precisando vencer em casa, o Joinville contou com a torcida para pressionar a arbitragem, mas sem sucesso. Foram pedidos dois pênaltis, o primeiro sobre Fabinho e o segundo em toque de mão de Tiago Carvalho. O árbitro goiano Elmo Alves Resende Cunha ignorou os dois lances. na etapa final, ele marcou pênalti de Thiago Carvalho, que foi decisivo para o triunfo do Joinville

Jogadores suspensos. Os técnicos Hemerson Maria e Nedo Xavier terão desfalques nos próximos jogos de suas equipes, por causa de suspensões. O zagueiro Bruno Aguiar levou o terceiro amarelo, enquanto o atacante Fernando Karanga foi expulso. Nedo Xavier também recebeu o vermelho, por reclamação, durante a derrota para o Joinville.

JOINVILLE 2 X 1 BOA ESPORTE

Data: 19/8/2014 (terça-feira)
Local: Arena Joinville, em Joinville (SC)
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Auxiliares: Evandro Gomes Ferreira (GO) e Leone Carvalho Rocha (GO)
Cartões amarelos: Bruno Aguiar, Marcelo Costa, Eduardo Ramos(Joinville); Lula, Eric, Fernando Karanga, Tomas (Boa Esporte)
Cartões vermelhos: Fernando Karanga e o técnico Nedo Xavier (Boa Esporte)
Gols: Fabinho, aos 17 min e Fernando Karanga, aos 30 min do primeiro tempo; Marcelo Costa, aos 34 min do segundo tempo

JOINVILLE
Ivan; Edson Ratinho, Anderson Conceição, Bruno Aguiar (Tiago Medeiros) e Rogério; Washington, Éverton e Marcelo Costa; Fabinho (Marquinhos), Edgar Junio e Jael
Técnico: Hemerson Maria

BOA ESPORTE
João Carlos; Eric, Thiago Carvalho, Lula e Marinho Donizete; Willian Favone, Wellington, Tomas e Clébson (Luiz Eduardo); Fernando Karanga e Uallison Pikachu (Diego)
Técnico: Nedo Xavier