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Botafogo quer contratar para Série B, mas descarta reforço de impacto

Bernardo Gentile e Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/05/2015 06h00

Rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Botafogo iniciou a temporada sob nova direção, sem jogadores e sem técnico. Em crise financeira, o presidente Carlos Eduardo Pereira apostou em Antônio Lopes e René Simões para o projeto de reconstrução do clube. Diante de tal cenário, disputar a final do Campeonato Carioca parecia um sonho distante. Mas foi justamente isso que ocorreu. O resultado não foi o que todos sonhavam, já que o Vasco levou a melhor e ficou com o título estadual, mas o trabalho está no caminho certo, segundo avaliação da diretoria.

O principal objetivo da temporada sempre foi a Série B, voltar à elite do futebol nacional. O Carioca serviria como uma espécie de laboratório. Testar os jogadores para a missão que realmente importava. Alguns jogadores decepcionaram e dificilmente permanecerão no clube. A maioria, no entanto, foi aprovada. Somente o fato de estar disputando a decisão do Estadual ratifica a avaliação da comissão técnica e departamento de futebol. Mesmo assim, a diretoria quer reforços para jogar a competição nacional.

O torcedor do Botafogo, no entanto, não precisa criar grandes expectativas. Não há dinheiro para grandes contratações. Um reforço de impacto só seria possível caso um patrocinador máster fechasse até o fim da temporada, mas o clube tem encontrado dificuldades nas negociações e tem fechado acordos pontuais de acordo com a importância de cada partida. Foi assim no Campeonato Carioca e assim também deverá ser na Série B.

“Estamos tristes com o resultado da final, mas o trabalho tem indicativos claros de que está no caminho certo. O trabalho é bem feito. Com tantos problemas que enfrentamos, ter disputado a final do Carioca foi especial. É claro que queríamos o título, mas a Série B é o nosso principal objetivo no ano. Precisaremos de reforços pontuais, mas não temos dinheiro para fazer contratação de impacto”, disse o presidente Carlos Eduardo Pereira.

Neste cenário, o Botafogo não tem condições de ir ao mercado e investir em um grande nome. A prioridade é manter os salários em dia e evitar repetir os erros da gestão anterior. Portanto, a diretoria planeja reforços pontuais. A avaliação interna diz que isso é necessário. Será feito, mas dentro da realidade do novo Alvinegro. Loucuras não serão cometidas. Está claro para a diretoria que esse foi um dos motivos para que o clube se encontre na pindaíba atual.

Além do elenco que disputou o Campeonato Carioca, o Botafogo conta com dois reforços até o momento para o restante da temporada. Pedro Rosa se destacou na lateral esquerda do Volta Redonda e fará sombra a Thiago Carleto. Daniel Carvalho, por sua vez, encerrou a aposentadoria e voltou à ativa no Alvinegro – estreou na Copa do Brasil marcando o gol da vitória sobre o Capivariano, na última quarta-feira.

A principal carência do Botafogo no momento é o meio de campo, mas o ataque precisa de uma atenção especial após a suspensão de Jobson. Um volante para disputar posição com Marcelo Mattos e Willian Arão se faz necessário. Assim como um zagueiro após a negociação de Dankler para o Joinville.