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Jogadores do Vasco se abatem, e Eurico é vaiado pela 3ª vez em São Januário

Eurico Miranda foi o principal alvo dos protestos da torcida do Vasco - Paulo Fernandes / Flickr do Vasco
Eurico Miranda foi o principal alvo dos protestos da torcida do Vasco Imagem: Paulo Fernandes / Flickr do Vasco

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

09/11/2016 10h13

O clima no Vasco na noite de terça-feira (08) após o empate com o Luverdense por 1 a 1 - que deixou o time somente dois pontos à frente do quinto colocado na Série B - foi praticamente de terra arrasada. Mesmo com um elenco experiente, os jogadores demonstraram bastante abatimento, e o presidente Eurico Miranda foi vaiado pela torcida pela terceira vez consecutiva em São Januário.

Na saída de campo, o capitão Rodrigo, por exemplo, não quis conceder entrevistas e foi seco ao Sportv ao dizer que não queria falar. Já Nenê chegou a bater boca à distância com um torcedor que protestava na arquibancada e foi acalmado por um funcionário do clube.

O zagueiro Luan, que é um dos xodós da torcida, caminhou para o vestiário balançando a cabeça negativamente.

Curiosamente, quem mais teve paciência para dar explicações aos jornalistas foram os mais jovens, como o goleiro Jordi, de 23 anos, o lateral esquerdo Alan, de apenas 18 anos, e o lateral direito Yago Pikachu, de 24.

Eurico toma medidas, mas não escapa dos protestos

O principal foco das vaias dos poucos mais de 2 mil torcedores presentes em São Januário foi o presidente Eurico Miranda. Cânticos com xingamentos e pedidos para que ele deixe o clube foram ecoados no estádio.

Vale lembrar que novamente o dirigente solicitou ao Gepe (Grupamento Especial de Policiamento em Estádios) a proibição de materiais e instrumentos de organizadas. Desta vez, porém, a medida foi aplicada somente à Guerreiros do Almirante e à Força Independente.

A punição, que tem como argumento evitar possíveis sanções da justiça desportiva, fez com que o jogo ficasse mais silencioso que de costume. Técnico da equipe, Jorginho, porém, preferiu não opinar sobre a polêmica.

“Não cabe a mim comentar sobre essa situação. Cabe a mim comentar sobre o jogo”.

Na partida, também chamou a atenção o setor da social que ficou isolado do público. O local fica ao lado do camarote da presidência onde Eurico assiste aos jogos e, costumeiramente, é ocupado por alguns “corneteiros”. Foi lá, por exemplo, que uma confusão aconteceu envolvendo um dos filhos do dirigente no duelo com o Avaí.

A área, no entanto, estava com andaimes que, de acordo com a diretoria, estão sendo usados para a pintura da marquise.

Madrugaram

Eurico Miranda, assim como o meia Andrezinho, "madrugaram" em São Januário. O presidente se isolou até depois de 1h em sua sala. Já o meia era o único jogador do elenco que ainda não havia deixado o clube por volta de 0h40, horário em que o UOL Esporte foi embora. Ele ficou conversando com funcionários no estacionamento.