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Ponte Preta supera torcida única no dérbi e vence Guarani no Brinco de Ouro

André Luis marcou duas vezes para a Ponte Preta no dérbi campineiro - PontePress/FábioLeoni
André Luis marcou duas vezes para a Ponte Preta no dérbi campineiro Imagem: PontePress/FábioLeoni

Do UOL, em Santos (SP)

05/05/2018 20h56

De nada adiantou a presença de quase 20 mil torcedores do Guarani no Brinco de Ouro da Princesa, neste sábado (5). Mesmo sem o apoio de seus aficionados, já que a partida teve torcida única, a Ponte Preta soube controlar o jogo em sua maior parte e venceu o dérbi por 3 a 2. Por determinação do Ministério Público do Estado de São Paulo, o clássico teve apenas torcedores do Guarani, mandante da partida. Mas isso não impediu os confrontos fora do estádio. Pela manhã, um torcedor da Ponte Preta foi morto em um confronto entre organizadas. Mais tarde, foi a vez de um bugrino ser baleado por alvinegros em outra briga.

Dentro de campo, porém, o clima foi mais ameno. Apesar de intensa, a partida aconteceu sem brigas entre os jogadores – a não ser por algumas discussões normais de jogo.

Com o resultado, a Ponte Preta chega aos seis pontos e ganha cinco posições na tabela, assumindo o oitavo lugar da Série B. Já o Guarani segue estacionado nos três pontos e acaba esta quarta rodada da Série B quase na zona de rebaixamento, na 16ª posição.

Foi pênalti, professor?

A Ponte Preta pediu um pênalti logo aos 3min de jogo. Edson Silva cortou cruzamento no braço e o árbitro marcou escanteio. Cercado pelos jogadores, atravessou o campo para conversar com o assistente, e manteve sua posição: tiro de canto.

Guarani sai na frente, mas logo leva virada

O Guarani até saiu na frente depois de um gol contra de Danilo Barcellos – após escanteio – logo aos 11min. Mas parou por aí. Depois disso, a Ponte tomou conta da partida e precisou de apenas mais 11 minutos para deixar tudo igual, com Reginaldo completando escanteio de cabeça.

O gol da virada veio três minutos depois, aos 25min, em um contra-ataque perfeito da Ponte Preta. Após escanteio do Guarani, Felippe Cardoso encontrou Igor Cardoso na esquerda; ele cruzou na segunda trave, André Luís dominou, cortou o zagueiro e finalizou no ângulo.

Comemoração tem máscara de Gorila

O gol de André Luís, o da virada da Ponte Preta, contou com uma comemoração especial. O atacante recebeu uma máscara de gorila do companheiro e repetiu o que foi feito por Gigena, ex-atacante argentino, no dérbi de 2003. Na ocisão, ele foi às redes três vezes.

Ponte amplia e Guarani reage (mas nem tanto)

Já na etapa final, a Ponte Preta, que ainda jogava melhor que o Guarani, chegou ao terceiro gol aos 12min com André Luís (de novo) aproveitando lindo cruzamento de Danilo Barcellos e finalizando cruzado de dentro da área. 3 a 1.

O jogo parecia definido, mas o time da casa finalmente armou um bom ataque – aos 27min – e conseguiu pênalti a seu favor, de Renan Fonseca em cima de Rafael Longuine, que havia entrada há menos de dez minutos. Rondinelly cobrou e voltou a esquentar a partida. Mas a reação parou por aí.

Provocação após apito final: "o maior venceu"

Sobrou provocação dos jogadores da Ponte Preta após o apito final. O lateral Orinho chegou até a interromper a entrevista de Danilo Barcellos ao canal Sportv para tirar sarro do arquirrival e, em especial, de Bruno Nazário, que provocou a equipe alvinegra durante a semana: "Tudo normal em Campinas. O maior venceu. Chupa, piu piu, Bruno Nazário".

Menos agitado, Danilo Barcellos deu sequência à entrevista, mas não deixou de provocar o Guarani: "O mais importante da preparação foi o silêncio. Soubemos trabalhar durante a semana quieto. Desrespeitaram a nossa camisa e a gente foi superior o jogo inteiro. A gente fez um baita jogo, mostramos ser o maior da cidade".