Súmula do juiz relata selvageria de brigões em jogo da Série D no sábado

Do UOL, em São Paulo

  • Reprodução/TV Xavante

    Briga entre delegações de Londrina e Brasil de Pelotas paralisou jogo por 22 minutos

    Briga entre delegações de Londrina e Brasil de Pelotas paralisou jogo por 22 minutos

Socos pelas costas, chute em adversário já caído ao chão e ofensas carregadas de preconceito regional. Estes são elementos presentes na súmula do árbitro Eduardo Tomaz de Aquino Valadão, relatando para a CBF as confusões em campo durante a partida entre Londrina e Brasil e de Pelotas, no último sábado, em partida da Série D do Brasileiro.

A partida no Estádio do Café, em Londrina, acabou empatada por 2 a 2, em resultado que credenciou ao gaúchos para a decisão. Mas uma confusão durante o segundo tempo quando interrompeu o jogo, com saldo de três pessoas detidas pela polícia e pelo menos uma hospitalizada.

No total foram 22 minutos de paralisação. Já na parte final de jogo, uma briga generalizada começou no gramado logo após os paranaenses empatarem o duelo. Rogério Zimmerman, treinador do Brasil de Pelotas, não quis sair de campo após ser expulso.

Em seguida, jogadores e comissão técnica dos dois times começaram a se enfrentar. A briga acabou com a expulsão de Allan Vieira, do Londrina, e Eduardo Martini, do Brasil de Pelotas. O goleiro do time visitante foi inclusive retirado de campo detido pelos policiais, acusado de ter chutado a cabeça de um adversário.

A súmula assinada por Eduardo Tomaz de Aquino confirma a agressão de Eduardo Martini a um membro da comissão técnica do Londrina, identificado como "Chimbinha". O texto também explia que Allan Vieira foi expulso por desferir um soco nas costas de um reserva do Brasil. Na sequência, o jogador se dirigiu à arbitragem com essas palavras: "pode me expulsar, seu fraco, tá olhando o quê?".

A súmula ainda identifica mais alguns agressores da confusão. Da parte do Londrina, o técnico Cláudio Tencati e o fisioterapeuta Marcelo Rockenbach. Do lado do Brasil de Pelotas, o auxiliar técnico (Alex Lessa), o preparador físico João Beschorner) e o massagista Paulo Sérgio.

No sábado, segundo a rádio Brasil Sul, o massagista do Brasil entrou em campo com um espeto de churrasco trazido do vestiário para ameaçar membros da equipe rival. Depois do jogo, no entanto, a polícia negou a versão.

"O pessoal foi dizendo que foi um espeto, mas isto não é um espeto. É uma haste de fixação da rede que foi usada para agredir os jogadores", disse um porta-voz da polícia militar à Brasil Sul.

Durante a confusão, "Chimbinha", massagista do Londrina, foi levado a um hospital da cidade. De acordo com a assessoria de imprensa do clube, seu estado de saúde é estável. Segundo pessoas presentes no momento, ele chegou a desmaiar. 

Depois de mais de 20 minutos parado, o jogo foi reiniciado e mais confusão aconteceu. Os dois times estavam sem técnicos quando um pênalti foi marcado para o Brasil de Pelotas. Na cobrança, Vitor salvou o Londrina de sofrer mais um gol.

Na decisão da Série D, o Brasil de Pelotas enfrentará o Tombense, que eliminou o Confiança no último final de semana.

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