Topo

Consagrados nos anos 1990, Palmeiras e Grêmio tentam parar de comemorar o passado

Luxemburgo e Felipão se cumprimentam antes do jogo entre Grêmio e Palmeiras - LUIS GONÇALVES/PREVIEW.COM/AE
Luxemburgo e Felipão se cumprimentam antes do jogo entre Grêmio e Palmeiras Imagem: LUIS GONÇALVES/PREVIEW.COM/AE

Danilo Lavieri e Marinho Saldanha

Do UOL, em São Paulo e em Porto Alegre (RS)

12/06/2012 06h00

Nos anos 90, Grêmio e Palmeiras eram sinônimos de títulos. Copa do Brasil, Brasileirão, Libertadores, ambos brilharam no cenário nacional. Porém, o tempo fez ambos deixarem tal posto. Hoje, os gaúchos vivem jejum de 11 anos sem comemorar um título grande, enquanto os paulistas, 13. Nesta quarta-feira, Palmeiras e Grêmio abrem a semifinal da Copa do Brasil com o claro objetivo de reviver momentos de glória.

O último feito relevante do Grêmio foi a Copa do Brasil de 2001. Lá se vão 11 anos em que o time gaúcho se limitou a vibrar com boas campanhas, como vice brasileiro em 2008 ou o vice da Libertadores em 2007. Pior que isso, o rival, Inter, recentemente conquistou duas Libertadores e um Mundial de Clubes.

Outra marca negativa que aproxima Palmeiras e Grêmio desde 2000 é a queda para Série B. O alviverde caiu em 2002, e voltou no ano seguinte conquistando o título da segunda divisão. Já o time gaúcho foi rebaixado em 2004 e voltou em 2005 também com o título do torneio.

Muitos títulos nos anos 90, mas realidades decadentes desde a virada do século

PalmeirasTítulos nos anos 90Títulos a partir de 2000
1 Libertadores
1 Copa Mercosul
2 Brasileiros
1 Copa do Brasil
3 Campeonatos Paulistas
1 Torneio Rio-São Paulo
1 Copa dos Campeões
1 Campeonato Paulista
1 Série B
GrêmioTítulos nos anos 90Títulos a partir de 2000
1 Libertadores
1 Recopa Sul-Americana
1 Brasileiro
2 Copas do Brasil
1 Copa Sul
5 Campeonatos Gaúchos
1 Copa do Brasil
4 Campeonatos Gaúchos
1 Série B

Ainda do lado paulista, a fila foi amenizada em 2008, quando a equipe comandada por Vanderlei Luxemburgo foi campeã paulista. A taça, no entanto, não diminuiu a pressão, especialmente após a perda vexatória do Brasileiro de 2009, que parecia garantido nas mãos de Muricy Ramalho, então tricampeão. Em 2000, já com Felipão, a equipe do Palestra Itália ainda foi campeã do Rio-São Paulo e da Copa dos Campeões. O título que todos lembram, no entanto, é o da Libertadores de 1999.

Para reviver momentos de glória, o Grêmio investiu alto em 2012. Kleber, Marcelo Moreno, Vanderlei Luxemburgo, todos contratados para premiar o último ano do estádio Olímpico e garantir presença na Libertadores no primeiro da Arena - que será inaugurada em dezembro deste ano. Até agora, a estratégia não começou bem, já que os gremistas sequer chegaram na final do Gauchão.

No entanto, na Copa do Brasil o rendimento é muito bom. Até agora, o time tricolor tem 100% de aproveitamento na competição. Um dos maiores vencedores do torneio, com quatro títulos, o Grêmio aposta tudo no torneio.

Já o Palmeiras tenta, desde que a Parmalat saiu, em 2002, reencontrar uma trajetória vitoriosa. Após um bom time montado em 2008, com a ajuda da Traffic, a diretoria já tentou de tudo e ainda não teve sucesso. Trouxe Vanderlei Luxemburgo, Muricy Ramalho e Luiz Felipe Scolari, técnicos de ponta, repatriou ídolos como Kleber e Valdivia, e até mudou a ala política que estava no comando, com Luiz Gonzaga Belluzzo. Por enquanto, tudo foi em vão. 

Mesmos jogadores, mesma trajetória. Grêmio e Palmeiras querem abandonar o estigma de comemorar o passado, mas só um conseguirá tal fato. O primeiro duelo entre ambos ocorre nesta quarta-feira, às 21h50, no Olímpico. O de volta, dia 21 às 21h, na Arena Barueri.