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Carros de TV quebrados, hostilidade da polícia e roubos voltam a expor problemas de Barueri

Arena Barueri foi alvo de queixas dos torcedores do Palmeiras durante a primeira final - Almeida Rocha/Folhapress
Arena Barueri foi alvo de queixas dos torcedores do Palmeiras durante a primeira final Imagem: Almeida Rocha/Folhapress

Danilo Lavieri e Renan Prates

Do UOL, em Barueri (SP)

06/07/2012 06h00

Apesar da queixa de inúmeros torcedores, a diretoria do Palmeiras decidiu mandar a decisão da Copa do Brasil na Arena Barueri. Foi montado um ‘esquema de guerra’ para diminuir os problemas no local. Até houve uma melhora, mas carros de emissoras de TV quebrados, hostilidade da Polícia Militar e roubos tanto nos arredores quanto na Rodovia Castelo Branco depuseram contra a realização de grandes jogos no estádio.

PROBLEMAS NA ARENA BARUERI

  • Renan Prates/UOL

    Carro da TV Bandeirantes foi depredado e ficou amassado, assim como de outras emissoras

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  • Renan Prates/UOL

    Torcedor deixou seu tênis no caminho após confronto com a Polícia Militar em Barueri

  • Renan Prates/UOL

    Torcedores do Palmeiras demoraram 20 minutos após o apito inicial para entrar na Arena Barueri

  • Renan Prates/UOL

    Ação hostil da Polícia Militar na Arena Barueri foi alvo de reclamação dos torcedores palmeirenses

Profissionais de três emissoras de televisão tiveram seus carros depredados pelos torcedores do Palmeiras: Record, Fox Sports e Bandeirantes (esta flagrada pelo UOL Esporte – veja foto ao lado). Os palmeirenses chutaram e jogaram cerveja em direção aos carros, assustando quem foi para Barueri trabalhar.

Pouco antes do início da partida, dois episódios de violência assustaram quem esperava para entrar no estádio. O primeiro foi uma briga entre a própria torcida do Palmeiras. Os palmeirenses da Zona Leste se desentenderam com outra ala da torcida, e a Polícia Militar teve que intervir.

Perto do apito inicial, outra confusão. A Polícia proibiu a entrada da TUP (uma das organizadas do Palmeiras) com fogos de artifício. A torcida insistiu em entrar com os artefatos e aí a confusão começou. Os policiais usaram bombas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a multidão, que reagiu atirando garrafas de cerveja. Um torcedor saiu ferido.

Muitos palmeirenses que estavam com ingresso na mão não conseguiram entrar no portão principal devido à aglomeração que se formou minutos antes da partida. Os próprios integrantes da organizada tentaram ajudar para que ninguém perdesse o início do jogo, mas a multidão só conseguiu entrar por completo aos 20min do primeiro tempo.

Alguns ladrões aproveitaram a confusão para agir. O advogado Fernando Fonseca relatou que a sua noiva teve o celular roubado. “Eles a empurraram e pegaram o celular na confusão. Abordei um policial para reclamar, e ele me disse: não posso fazer nada. Aí fica complicado”, reclamou o torcedor, que disse que ia ver o jogo mesmo assim. Segundo a rádio Bandeirantes, vários palmeirenses reclamaram de terem sido assaltados no caminho para o estádio, ainda na Rodovia Castelo Branco. Os meliantes aproveitaram o trânsito parado para agir.

A reportagem do UOL Esporte presenciou como ficou os arredores da Arena Barueri após o tumulto. Teve até tênis de torcedor que ficou no caminho. Em alguns trechos da rua, marcas de sangue podiam ser vistas.

Apesar dos problemas relatados, o diretor jurídico do Palmeiras, Piraci de Oliveira, viu o saldo como positivo em relação ao jogo contra o Grêmio pela semifinal, e disse que o clube pretende continuar mandando suas partidas na Arena Barueri.

“Em comparação com a experiência que tivemos contra o Grêmio, hoje [ontem] foi muito melhor. Tivemos 6500 vagas de estacionamento”, exaltou o dirigente. “Vamos escutar os problemas relatados, e tentar fazer com que a próxima partida seja ainda melhor. A ideia é seguir jogando aqui, ainda mais porque melhorou muito graças a ajuda da Prefeitura de Barueri”.

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