Trajetória semelhante a de 1998 é trunfo de Tirone para convencer Felipão a ficar
Luiz Felipe Scolari já declarou que não pretende ficar no Palmeiras após dezembro de 2012, quando seu contrato acaba. O título da Copa do Brasil parece não ter mudado a posição do treinador. Mesmo assim, o presidente do clube, Arnaldo Tirone, tentará usar como trunfo uma outra trajetória vitoriosa do gaúcho no Palestra Itália, que começou justamente com a conquista da Copa do Brasil de 1998.
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Na ocasião, Felipão vinha sob pressão, especialmente por ter todas as contratações que queria com o dinheiro da então patrocinadora e cogestora Parmalat. O título da Copa do Brasil veio como grande alívio e de forma heroica, com o gol de Oséas sem ângulo no último minuto. Dali em diante, o treinador conseguiu o título da Copa Mercosul, no mesmo ano, e a Libertadores do ano seguinte.
Em 1999, o treinador ainda levou o Palmeiras a mais uma final de Copa Mercosul, onde foi derrotado pelo Flamengo. No ano seguinte, o time conquistou o Torneio Rio-São Paulo e, sob o comando de Flavio Murtosa, eterno auxiliar de Felipão, venceu a Copa dos Campeões.
O Palmeiras disputou ainda outras duas finais em 2000: a Libertadores, quando foi batido pelo Boca Juniors, e a Copa Mercosul, já sem Felipão e com Marco Aurélio no banco de reservas. Essa final, aliás, o palmeirense prefere esquecer, já que o time chegou a abrir 3 a 0 e sofreu a virada contra o Vasco dentro de casa.
Recentemente perguntado sobre Felipão, Tirone já havia dito que confiava na permanência do treinador. Segundo ele, a conquista faria o comandante pensar duas vezes antes de pedir para sair em dezembro de 2012.
"Se o Palmeiras for campeão, a própria torcida vai segurar o Felipão", disse ele. "Se ele conversou sobre a saída, não foi comigo. Ele está muito feliz no Palmeiras, e não acredito que tenha essa intenção, até hoje, não nos disse nada. Aliás, se depender de mim, ele fica. Gostaria que ficasse por várias temporadas", completou o dirigente.
Conselheiros de oposição de Tirone afirmam que o presidente usa Luiz Felipe Scolari como escudo das críticas que sofre. Até mesmo João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente são-paulino, chegou a dizer que não sondaria o pentacampeão por ele ser o "parachoque" do presidente palmeirense.
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