Fla ignora reunião com Procon e é alvo de ação por crime de desobediência
O Flamengo terá mais problemas após faltar a uma reunião com o Procon-RJ, marcada para a manhã desta quarta-feira. A audiência – pedida pela secretária de Proteção do Consumidor do estado do Rio de Janeiro, Cidinha Campos – serviria para que o clube rubro-negro pudesse mostrar argumentos para o aumento no preço dos ingressos para o jogo de volta da final da Copa do Brasil. A diretoria ignorou o encontro e apenas enviou documento informando a ausência.
Sem a presença dos dirigentes para justificar a decisão de colocar a tabela de preços que varia de R$ 250 a R$ 800 para o duelo do próximo dia 27, contra o Atlético-PR, no Maracanã, o Procon decidiu entrar com representação por crime de desobediência na Delegacia do Consumidor. Na sequência, o órgão se concentrará em ação no Tribunal de Justiça para aumentar a guerra com o objetivo de reduzir os valores das entradas, que o Procon considera “abusivos”.
A diretoria do Flamengo terá que trabalhar em outra frente para confirmar os aumentos na final da Copa do Brasil. Nesta terça-feita, o Ministério Público também abriu inquérito para apurar o caso.
O promotor Paulo José Sally, da 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor do MP-RJ, emitiu notificações para que o clube da Gávea e o Consórcio Maracanã justifiquem os aumentos que variam de 150% a 500% nos ingressos.
O Flamengo se mostra irredutível e não dá sinais de que irá recuar. Diretor de marketing do Flamengo Fred Luz tentou explicar o aumento e relembrou um "prejuízo" acumulado pelo clube em 2009, na última partida decisiva de um torneio nacional no Maracanã.
O objetivo do clube é atingir a meta de pouco mais de R$ 5 milhões de renda líquida na decisão, que totalizaria R$ 9 milhões em arrecadação de bilheteria na Copa do Brasil. O diretor do Flamengo ainda explicou que o alto preço dos ingressos é uma tentativa de evitar o prejuízo que o clube tem com cambistas.
"Operação Urubu"
Sem resposta do Flamengo sobre preço dos ingressos, três representantes do Procon se dirigiram à Gávea em busca de documentos e do presidente Eduardo Bandeira de Mello. O mandatário rubro-negro seria conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos a respeito do assunto. De acordo com o órgão, o cartola não foi encontrado no local. Em sua ausência, o diretor executivo de administração e secretaria geral Marcelo Helman representou o Flamengo.
O dirigente não apresentou os documentos – como contrato com a concessionária que administra o Maracanã, contrato do plano sócio-torcedor, planilha de renda da bilheteria dos jogos da Copa do Brasil – solicitados pelo Procon e foi encaminhado à Delegacia do Consumidor. O Flamengo alega já ter feito a sua defesa através de uma carta, que também contém documentos, e não tem mais o que mostrar ao órgão a respeito da polêmica sobre os ingressos. Não houve resistência por parte de Helman.
O clube rubro-negro aumentou a confusão quando reagiu à presença do Procon na Gávea de forma mais enérgica. O Flamengo acionou a Polícia Militar por causa de invasão e citou que o órgão não tem legalidade para entrar no local, sem nenhum mandado judicial.
* Atualizada às 12h32
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