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Título do Fla tem cabeleireiro da sorte e festa com champanhe no vestiário

Pedro Ivo Almeida e Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

28/11/2013 06h10

Os gols de Elias e Hernane entrarão para a história quando todos lembrarem do tricampeonato da Copa do Brasil conquistado pelo Flamengo na noite da última quarta-feira, contra o Atlético-PR, no Maracanã. Mas a história do título vai além, envolvendo preparativos, outros momentos em campo e a festa após a vitória por 2 a 0.

E na noite de terça-feira, véspera da decisão, um personagem importante entrou em cena para ajudar os jogadores. Trata-se do cabeleireiro Iriri, acostumado a deixar os atletas com um visual renovado para as partidas decisivas. E como em outras vezes, a visita do profissional ao hotel levou sorte aos rubro-negros.

"Ele é bom demais. Deixou a galera com um cabelo maneiro e ainda deu sorte para a final. Com certeza ajudou. É um cara que todo mundo gosta e sempre chega junto para dar um toque no visual", disse o volante Amaral, que teve as tranças "estilo Vagner Love" repaginadas para a final.

"Com ele não tem erro. Deu um tapa no meu cabelo e deu sorte mesmo", disse Luiz Antônio, eleito o melhor jogador da final de quarta-feira.

"Eles pediram e eu fui lá ajudar. Sou pé-quente", contou Iriri, que também cortou o cabelo dos jogadores do Flamengo antes da final do Campeonato Brasileiro de 2009, na última conquista nacional do clube antes da Copa do Brasil de 2013. Ele ainda ajeita as madeixas de Vagner Love e também costuma trabalhar para Adriano.

Antes do jogo, Iriri ajudou. Dentro de campo, Elias e Hernane resolveram mais uma vez. E depois da partida, quem organizou parte das comemorações foi o diretor executivo de futebol, Paulo Pelaipe. Foi dele a ordem de liberar uma grande festa com garrafas de champanhe no vestiário após o título.

"Hoje [quarta] vai ter champanhe para todo mundo lá no vestiário. Tem que comemorar mesmo. A festa é dos jogadores. Eles merecem isso, trabalham muito duro durante a temporada", disse o cartola.

E a ordem foi atendida. Seis garrafas de um champanhe fino e tradicional [cerca de R$ 300 cada] foram reservadas para os jogadores. Além disso, muita água de côco foi consumida no vestiário após o jogo.

Comemoração dividida e oração em campo
A festa continuou longe do vestiário e do Maracanã. Porém, um pouco dividida. Enquanto a diretoria se reuniu em um complexo de restaurantes na Lagoa, zona sul do Rio de Janeiro, os jogadores se espalharam pela Barra da Tijuca, zona oeste da cidade. Alguns comemoraram com familiares em casa e em restaurantes, enquanto outros festejaram o título em uma boate no bairro.

VISITA DE IRIRI: CABELO NOVO E SORTE AO FLAMENGO EM VÉSPERA DE FINAL

  • Arquivo Pessoal

    Destaque da final, Luiz Antônio (e) teve cabelo cortado por Iriri (d) na véspera do jogo

Nem todos os atletas, porém, estiveram na confraternização. E a verdadeira celebração entre todos ocorreu no centro do gramado. Após levantar a taça, o lateral direito Léo Moura, que não esconde sua ligação com a religião, reuniu o grupo para uma oração. O capitão pediu silêncio, rezou e passou a mão na cabeça de todos para agradecer pelo momento vivido.

"Cada um tem a sua fé e eles sabem da minha. Respeitam muito até. Só precisava passar essa energia para eles. Foi um momento especial na minha vida e só ocorreu graças a eles. Eu queria tornar isso público. Estou muito emocionado", comentou o experiente lateral.

Ainda curtindo a ressaca e o restante das comemorações, o elenco do Flamengo ganhou folga nesta quinta-feira. A equipe se reapresenta no CT Ninho do Urubu na sexta, quando iniciará uma leve preparação para o restante do Campeonato Brasileiro.