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Alvaro Pereira diz que São Paulo não pode depender de bola aérea

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

29/07/2014 12h46

O lateral uruguaio Alvaro Pereira concedeu entrevista coletiva no CT da Barra Funda nesta terça-feira e falou sobre o mau momento do São Paulo, que perdeu os dois últimos jogos do Brasileirão para Goiás e Chapecoense. Para ele, o time precisa jogar melhor pelo centro do campo para que não dependa do chuveirinho - cruzamentos, bolas aéreas - para conseguir achar gols. Nos últimos jogos, o uruguaio foi acionado à exaustão para tentar criar jogadas pela lateral esquerda.

"São alternativas que durante o jogo vão acontecendo. Não digo desespero, no jogo tem diferentes situação, concordo que não conseguimos furar a defesa, tem que trabalhar e procurar alternativas. Não pode chegar no desespero de uma bola áerea ou bola parada. É uma alternativa, tem que ter o pensamento e ser racional de procurar durante os 90 minutos um outro caminho. Tem jogadores para fazer isso", falou o uruguaio, que na partida contra o Goiás foi acionado pelo time inúmeras vezes, para que cruzasse à área. Não adiantou.

Alvaro ainda foi contundente sobre o fato do São Paulo ter um dos elencos mais caros do Brasil e não estar apresentando futebol equivalente. "Jogador bom é no papel, mas dentro do campo tem que demonstrar. Demonstrar como time. E jogador vence dois ou três jogos. Quem vence o campeonato é o time. Só o nome não vence", falou.

Para ele, o time de Muricy Ramalho tem de ser mais contundente e conseguir marcar no primeiro tempo, quando tem a posse de bola.

"A análise que eu faço individual do time, não sei se vocês concordam, acho que todo jogo o São Paulo começa o primeiro tempo como protagonista. Falta conseguir essa vantagem na primeira parte. A gente não está conseguindo isso. Má sorte não é. Acredito mais na causa do que no casual", falou.

"Temos que ser mais contundentes, tudo aquilo que nós podemos, temos que ter mais jogadas perigosoas, temos muitas vezes a posse de bola. Estamos mandando no jogo e não fazemos o resultado. Prefiro ter menos jogadas de gols e ser mais efetivo", completou.