Pleno do STJD confirma punição e ABC enfrenta o Vasco na Copa do Brasil
O Vasco irá mesmo enfrentar o ABC nas oitavas de final da Copa do Brasil. O Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmou a punição ao Novo Hamburgo em julgamento realizado nesta quarta-feira. Por cinco votos a zero, o STJD excluiu o clube gaúcho e manteve os potiguares na competição.
O Novo Hamburgo tinha sido punido no julgamento da 5ª Comissão Disciplinar do STJD há cerca de duas semanas por considerar que o meia Preto não tinha condição legal para enfrentar o ABC pela Copa do Brasil.
Preto foi expulso no jogo de ida contra o J. Malucelli, válido pela segunda fase da Copa do Brasil. Julgado pelo STJD, o meio-campo recebeu suspensão de duas partidas.
Como o Novo Hamburgo está fora das quatro principais divisões do Campeonato Brasileiro, Preto desfalcou a equipe no duelo de volta contra o J. Malucelli e no primeiro confronto com o ABC. O problema é que o meio-campo não tinha contrato vigente com a equipe gaúcha quando a segunda dessas partidas foi realizada. O STJD entendeu que, como ele não tinha condições de entrar em campo, a pena não foi cumprida.
O advogado do Novo Hamburgo, Rogério Pastl, voltou a defender a tese que o clube gaúcho foi induzido ao erro. Ele ainda utilizou questões emotivas ao lembrar que a agremiação tem 103 anos e tinha se classificado para as oitavas de final da Copa do Brasil pela primeira vez.
“Nós precisamos reconhecer, no mínimo, que alguns erros estão sendo cometidos. Esses erros levam a confusão de se escalar um atleta”, afirmou Pastl ao jornal Zero Hora.
O representante do ABC, Osvaldo Sestário, estava no julgamento como terceiro interessado no caso e destacou que a irregularidade foi flagrante.
“A verdade é que a irregularidade é flagrante. O Novo Hamburgo errou. Eles consideravam que o jogador poderia atuar, quando estava sem contrato. Não se pode imputar falhas que estão ocorrendo no sistema da CBF. O clube acabou assumindo o risco e chamou o risco para si”, disse.
Por fim, Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD, afirmou que a CBF nem teria que alertar os clubes. “Esse caso é muito simples. O atleta cumpriu um jogo de suspensão quando não deveria cumprir. Esse atleta tinha uma pendência e não poderia atuar caso estivesse em outro clube. Realmente é doloroso, mas cada caso precisa ser analisado de maneira diferente. A CBF seguirá tentando informar até quando não deveria, porque pode gerar um desconforto. A responsabilidade é dos clubes porque eles têm acesso às informações”, encerrou.
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