Grêmio fala em 'ato isolado' e quer evitar marca de 'clube racista'
O assessor de futebol do Grêmio, Marcos Chitolina, definiu os atos de racismo da torcida contra o goleiro Aranha no jogo desta quinta-feira entre o clube gaúcho e o Santos, pela Copa do Brasil, como algo 'isolado'. Segundo ele, o clube não pode ser punido, o torcedor precisa ser identificado e o clube não pode ser marcado como racista.
"Todos são contra o racismo, fizemos campanhas e lutamos contra isso. Temos é que identificar o torcedor através das imagens da Arena. Faremos isso. E o torcedor precisa ser punido de forma individual, mas o torcedor tem que ser punido", disse o dirigente. "Não é o clube ou a torcida do Grêmio, não podemos ser taxados como um clube racista. Foi um ato isolado de um torcedor", completou.
Porém, o cartola se esquece que atos racistas na torcida gremista não são novidade. No clássico Gre-Nal em jogo de ida da final do Gauchão deste ano, o zagueiro Paulão, do Inter, deixou o gramado reclamando de atos racistas dos torcedores gremistas. O clube, apenas, pagou uma multa no caso e o torcedor sequer foi identificado.
"Vamos identificar os torcedores e nos defender dentro da lei. O que não pode é o Grêmio ficar marcado como um clube racista. Isso não pode acontecer", afirmou.
No Rio Grande do Sul, o ex-árbitro Márcio Chagas também foi vítima de racismo no Campeonato Estadual. Além dos xingamentos, o ex-árbitro, que hoje trabalha como comentarista de televisão e rádio, teve o carro coberto por bananas e depredado. O fato ocorreu no estádio do Esportivo, em Bento Gonçalves, e o clube foi julgado e rebaixado à Série B do Gauchão.
Imagens de televisão identificam claramente vários torcedores do Grêmio xingando o goleiro Aranha durante a vitória do Santos por 2 a 0 nesta quinta. O jogo ficou parado neste momento. O jogador reclamou com o árbitro, que nada fez.
Em campo, a vitória santista dá larga vantagem nas oitavas de final da Copa do Brasil. O time paulista segue na competição até perdendo por 1 a 0 no jogo de volta, na próxima quarta-feira, na Vila Belmiro.
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