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Casos repetidos escancaram problemas de racismo em estádios do RS

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

29/08/2014 06h00

O goleiro Aranha, do Santos, foi alvo de xingamentos racistas na vitória de sua equipe sobre o Grêmio por 2 a 0 na noite de quinta-feira. E infelizmente, isso não é novidade no Rio Grande do Sul. Ano após ano, casos de racismo em estádios de futebol se repetem no Estado, escancarando um problema que parece não ter solução.

Só em 2014 já ocorreram quatro casos marcantes. Uns com mais repercussão, outros com menos. A torcida do Pelotas contra o goleiro reserva do São Paulo-RS, aficionados do Esportivo contra o ex-árbitro Márcio Chagas da Silva, e duas vezes a torcida do Grêmio, contra Paulão, do Inter, e Aranha, do Santos.

E 2014 não é exceção. Jeovânio, do Grêmio, já foi vítima de Antônio Carlos, que defendia o Juventude na ocasião. O atacante Vanderlei, do Caxias também sofreu. E Zé Roberto, do Inter, reclamou do mesmo.

Isso sem enumerar tantos outros casos que ocorrem no interior do Estado ou em partidas menos badaladas que não ganham os holofotes. Momentos duros não só para o esporte, mas para o povo.

"Todos que vem jogar aqui [no Rio Grande do Sul] sabem que é assim", definiu o goleiro Aranha, após lamentar tudo que tinha ouvido dos torcedores do Grêmio.

A reportagem do UOL Esporte elencou casos mais recentes ou marcantes de racismo em estádios gaúchos que comprovam que o ocorrido na Arena do Grêmio não se trata de um caso isolado.