Torcida ignorada, time no ataque e "dancinha". A noite de alívio de Mano

Após Luciano balançar a rede, Mano saiu comemorando sozinho com os braços abertos e rebolando de um lado para o outro.

 

“Foi uma comemoração de gol em um momento importante. Tem hora que sou espontâneo como fui, e o momento era adequado para ser assim”, destacou o gaúcho Mano, antes de ser perguntado se aprendeu o passo no Rio Grande do Sul. “Todas as danças que aprendi foram do Sul. E a gente não pode ser boçal. Tem que evoluir e aceitar extravasar”, disse.

 

Antes de extravasar, Mano ainda teve que conviver com críticas da torcida durante o jogo. Foi a pressão vinda da arquibancada atrás do banco de reservas que o incomodou. Os pedidos, claro, foram ignorados.

 

“Estamos tentando mudar aos poucos a opinião do torcedor. Ali no banco ouço gente que quer tirar o Elias, outro que não gosta da entrada do Danilo, mas não adianta. Faço substituições técnica e por desgaste físico. Isso que precisam entender. Queremos melhorar o time, e não vou abrir mão da responsabilidade que tenho."

 

A vitória de 2 a 0 do Corinthians foi um prêmio a Mano por colocar o Corinthians no ataque como tanto pedia a torcida. Elias, Renato Augusto e Petros foram jogadores constantemente vistos na grande área atleticana. O time mandante só se defendeu em poucos momentos do segundo tempo.

 

“Não tenho que escalar o time, ou postar ele em campo para responder alguém. O Corinthians vai ao ataque e vai seguir indo mesmo com qualquer vantagem”, avisou Mano.

 

O resultado no Itaquerão faz o Corinthians levar boa vantagem para o jogo decisivo dia 15 de outubro, no Mineirão. Para ficar com vaga à semifinal, o time de Mano pode até perder por um gol de diferença. Caso marque um gol, o Atlético precisará fazer quatro ou mais. O 2 a 0 para o Atlético-MG leva a decisão da vaga aos pênaltis.