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Noite trágica do Corinthians tem choro, críticas e empurra-empurra

Do UOL, em São Paulo

16/10/2014 06h31

Parecia tudo muito bem encaminhado para o Corinthians, mas o choro de Guerrero, as críticas de Cássio aos colegas e as provocações dos rivais a Mano Menezes fecharam uma noite trágica para os corintianos no Mineirão. O Atlético-MG, com virada e goleada por 4 a 1, avançou na Copa do Brasil.

O goleiro Cássio, que no fim de semana reclamou dos companheiros na derrota para o Botafogo, teve reação ainda mais forte no Mineirão. Ele se lançou à frente para tentar marcar de cabeça e voltou lentamente para o gol enquanto Fagner, sobre a linha, impedia o quinto do Atlético. Na saída do gramado, Cássio fez novas críticas aos colegas.
"Tem gente que não está preparada para jogar no Corinthians", disse o herói do Mundial de Clubes de 2012, que no fim do jogo abandonou a própria meta para tentar um gol de cabeça no ataque.
Melhor do Corinthians no jogo, e não só pelo gol que marcou no início da partida, Guerrero reagiu de forma oposta e chorou. Para estar em Belo Horizonte, ele pediu dispensa da seleção peruana e justificou sua condição de principal nome do time atualmente. Além de oferecer assistências, quase marcou o segundo.
Até mesmo o sempre calmo Danilo partiu para o empurra-empurra. Quando viu os jogadores atleticanos provocarem Mano Menezes com a mesma dança que o treinador fez em São Paulo, ele foi o primeiro a pedir explicações, mas não chegou às vias de fato.
Acionado nos minutos finais, por sinal, Danilo foi um dos jogadores que desperdiçaram oportunidades claras de marcar no Mineirão. Dos experientes aos jovens, como o apagado Malcom, o Corinthians também não foi frio para fazer mais gols. E tampouco seguro na defesa, que não era vazada tantas vezes desde a derrota por 5 a 1 para o Santos, em fevereiro.
O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, comunicou que Mano Menezes será mantido no cargo após goleada. O contrato do técnico é válido até dezembro.

"Não tem o menor sentido se falar em troca de treinador. Faltam 45 dias para o ano terminar. Eu já disse que o novo técnico quem vai escolher é o presidente novo", declarou Gobbi, em referência à eleição presidencial que ocorrerá no início de 2015 no Corinthians.