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Veteranos Luxemburgo e Levir buscam protagonismo perdido há 10 anos

Luxemburgo e Levir estão a apenas dois jogos de voltar a uma final nacional - Gilvan de Souza/ Flamengo e Terceiro Tempo
Luxemburgo e Levir estão a apenas dois jogos de voltar a uma final nacional Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo e Terceiro Tempo

Do UOL, em São Paulo

29/10/2014 12h03

Há exatos dez anos, Vanderlei Luxemburgo e Levir Culpi travaram uma das mais emocionantes disputas do Brasileiro no formato de pontos corridos, então à frente de Santos e Atlético-PR, respectivamente. Desde então, no entanto, estes dois vencedores profissionais do futebol nacional acabaram alijados das grandes decisões, marginalizados a façanhas secundárias.

Nesta quarta-feira, no Maracanã, Luxemburgo e Levir se reencontram em um jogo de ponta na abertura da semifinal da Copa do Brasil. Os dois "sessentões" batalham pelo direito de voltar a uma final nacional: Luxa pelo Flamengo e Culpi no comando do Atlético-MG.

Campeão brasileiro com o Santos em 2004, Luxemburgo nunca mais voltou a conquistar um título nacional desde então. Logo em seguida teve a chance de comandar o Real Madrid de Zidane e companhia, mas não foi longe no futebol europeu. De volta ao país, perambulou por vários clubes, ganhou um punhado de estaduais por Santos, Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG. De resto, conseguiu levar alguns de seus times à Libertadores, mas nunca mais esteve próximo de títulos de vulto.

Hoje, aos 62 anos, o carioca de Nova Iguaçu ensaia um retorno aos tempos de ápice. Luxemburgo assumiu o Flamengo em julho em substituição a Ney Franco, pegando o time em situação de desespero na zona do rebaixamento da Série A. Eram quatro derrotas e três empates em sete partidas disputadas. Em pouco tempo, o treinador conseguiu uma sequência de bons resultados, que fizeram a ameaça de queda logo desaparecer.

Os rubro-negros vêm de uma campanha bastante irregular no Brasileiro, mas conseguiram uma boa arrancada na Copa do Brasil, principalmente depois da dramática virada no confronto com o Coritiba nas oitavas de final. Além da fé na volta de Luxa aos tempos de inspiração, o atual campeão Flamengo também aposta na conhecida força de sua torcida.

Levir, por sua vez, era um personagem quase esquecido no futebol nacional, graças a seu “exílio” de sete anos no Japão, no comando do Cerezo Osaka. Depois de perder o título brasileiro de 2004 para Luxemburgo, foram poucas as chances de brilhar.

Em 2006, ganhou a Série B com o Atlético-MG, conquistando o respeito da torcida alvinegra. No ano seguinte, levantou o Estadual em Minas Gerais. Em termos de taça e feitos, não passou muito disso.

Em abril deste ano Levir voltou ao comando do Atlético-MG, em substituição a Paulo Autuori. Não conseguiu o bi da Libertadores e, de cara, enfrentou um cenário de crise, com uma rixa pública com o craque Diego Tardelli [bem resolvida mais adiante]. Mas, aos poucos, o paranaense de 61 anos foi acertando o time que, nesta altura da temporada, é considerado o mais interessante do país.

Em julho, Levir voltou a levantar uma taça com o Atlético-MG, na conquista da Recopa Sul-Americana contra o Lanús. Agora, na Copa do Brasil, a equipe vem embalada pela uma histórica virada sobre o Corinthians nas quartas de final.

Tanto o atleticano como o flamenguista têm em seus currículos vencedores títulos da Copa do Brasil. Ambos conquistaram a competição no comando do Cruzeiro – Levir em 1996, Luxemburgo em 2003.