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Atlético quer viver melhor momento contra rival e "apagar" marcante 6 a 1

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Vespasiano (MG)

25/11/2014 06h00

Em 2011, o Atlético-MG viveu seu pior momento contra o Cruzeiro. O time levou 6 a 1 na última rodada do Brasileirão e não conseguiu rebaixar o rival no Brasileirão. Três anos depois, o alvinegro mineiro tem a chance de dar a volta por cima em grande estilo, conseguindo bater o time celeste na principal decisão da história do clássico mineiro e assim apagar da goleada, sempre lembrada pelos cruzeirenses para provocar os atleticanos.

Há três anos, os dois rivais chegaram ao final do ano vivendo situação bem diferente do atual momento. Atlético e Cruzeiro brigavam contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro e protagonizaram o último jogo de 2011. O Atlético-MG havia se livrado do risco de rebaixamento uma rodada antes, na goleada por 4 a 1 sobre o Botafogo. 

Já o Cruzeiro chegou ao duelo precisando vencer de qualquer forma o alvinegro mineiro para evitar o rebaixamento para a segunda divisão do Brasileirão. O clima entre os rivais foi diferente na preparação para o confronto. Do lado atleticano euforia pela possibilidade do feito e por já não ter mais pressão, do outro, do Cruzeiro, a necessidade de evitar o pior.

Em campo, o Atlético acabou sofrendo a pior derrota da sua história para o Cruzeiro. O time, então comandado por Cuca, foi derrotado por 6 a 1, em partida disputada em Sete Lagoas. O resultado, além de evitar a queda do time celeste para a segunda divisão, marcou os torcedores atleticanos, que precisaram conviver com a marca da goleada, que gerou gozações dos torcedores celestes e até de jogadores do time rival.

A goleada de 2011 foi considerada o marco para a reviravolta no futebol atleticano. Pressionado, Alexandre Kalil precisou dar resposta em campo. Manteve Cuca como treinador, contratou jogadores experientes nos anos seguintes, como Victor, Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Josué, entre outros. Dois anos depois, veio a conquista da Libertadores, inédita para o alvinegro mineiro.

A final desta quarta-feira, terá um papel ainda mais importante para três jogadores em especiais. Réver, Leonardo Silva e Pierre estavam na derrota por 6 a 1 e foram titulares naquele duelo. Se mantiver a vantagem construída no primeiro jogo da decisão, o Atlético conseguirá dar a volta por cima três anos depois.

“Vai ficar marcado na história, aqueles jogadores que estiverem em campo vão ficar marcado para a história do clube, uma conquista inédita, todo jogador sabe o que representa. Eu não estava no jogo do 6 a 1, sei o quanto os torcedores sofreram, alguns jogadores que estão aqui viveram isso muito tempo, temos a chance de reverter isso e fazer a história”, disse Diego Tardelli.

A goleada por 6 a 1 ainda vem à tona para muitos atleticanos, que não conseguem esquecer a goleada. Na quarta-feira, o Atlético buscará dar uma resposta e evitar uma nova festa do maior rival em um confronto direto, como aconteceu em 2011, que poderá voltar a marcar negativamente os atletas, em caso da perda do título da Copa do Brasil.

“A gente está pensando faz tempo, todo mundo ansioso, querendo que chegue este momento rapidamente, a gente está preparado, focado, com muita vontade de vencer. A gente está concentrado, o espírito nosso é o melhor possível, apesar do Cruzeiro ter sido campeão brasileiro com méritos, mas a gente iniciou bem a semana de trabalho, vamos para a decisão”, ressaltou o camisa nove atleticano.