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Mistério, provocação e discurso ensaiado. Final da Copa do Brasil esquenta!

Bernardo Lacerda e Thiago Fernandes

Do UOL, em Belo Horizonte

25/11/2014 22h49

Atlético-MG e Cruzeiro fecharam na terça-feira a preparação para o segundo e decisivo jogo da final da Copa do Brasil, que acontecerá nesta quarta-feira, às 22h, no Mineirão.

O ambiente na véspera do confronto histórico foi marcado por provocação por parte dos jogadores cruzeirenses, discurso “ensaiado” dos atleticanos e clima de mistério dos dois lados em relação aos titulares.

Atual bicampeão brasileiro, o Cruzeiro chega para o confronto em desvantagem no placar, já que foi derrotado por 2 a 0 na partida de ida, no Independência. Para ser campeão, precisará ganhar por três gols de diferença. Se vencer por 2 a 0, levará a decisão para os pênaltis. Qualquer outro resultado dará o título inédito ao rival.

Porém, o clima na equipe celeste é de total confiança na conquista do título da Copa do Brasil. Os atletas cruzeirenses não evitam a provocação em cima do rival.

O meia-atacante Ricardo Goulart voltou a rebater o time alvinegro entrevista e cutucou o atacante rival Diego Tardelli, ao dizer na segunda que queria bater o arquirrival na decisão como forma de vingança das provocações por conta do 6 a 1, sofrido pelo Atlético em 2011, que salvou o time celeste do rebaixamento.

“Não tem nada a ver com o Cruzeiro. Eles fazem piada com o Cruzeiro também. Agora é quarta-feira, não temos que falar mais nada, temos que fazer um grande jogo e conseguir essa Tríplice Coroa. Para lembrar a ele que quem tem a Tríplice Coroa é só o Cruzeiro e o Bayern de Munique", disse Goulart.

As declarações do outro lado foram bem diferentes. Os atleticanos evitam rebater os rivais e ensaiaram discurso para não motivar o Cruzeiro. “Não vi declaração nenhuma, cada um responde pelo que faz e faça. Estou preparado para o jogo. Provocações vão existir. Quem tem boca fala o que quer, mas tem que responder pelos seus atos”, observou o goleiro Victor.

Nesta terça-feira, o atacante Luan também procurou minimizar o clima de provocação. “Quem tem boca fala o que quer. Assisti ao jogo, observando os pontos fortes e os pontos fracos deles. Gosto de fazer isso. Assisti à entrevista também. Isso não me afeta”, ressaltou.

Em campo, a preparação dos dois times também foi divergente. O único ponto em comum foi o mistério de ambos os lados. Marcelo Oliveira e Levir Culpi fecharam seus treinos para a imprensa.

O comandante celeste leva dúvida na lateral direita, apesar de Mayke ter participado de parte da atividade, é considerado presença incerta na quarta-feira.

Já o comandante atleticano não tem novos problemas de lesões, mas tenta manter uma dúvida em relação a formação do seu meio de campo. Rafael Carioca deverá atuar ao lado de Leandro Donizete, mas Levir Culpi tem a opção de voltar a armar o Atlético com apenas um volante e assim, Maicosuel e Guilherme disputariam lugar na função de armação.

O zagueiro Leonardo Silva, capitão atleticano, não deu pistas de como ocorreu o treinamento na Cidade do Galo. “Não vou dar o mapa da mina para o adversário, isso tudo envolve clima do clássico, é importante um pouco de mistério”, disse.

O Cruzeiro seguiu concentrado na Toca da Raposa II, reclusão que se iniciou já na segunda-feira. Nesta terça, se juntaram aos demais companheiros, os laterais Ceará e Mayke.

O Atlético-MG, por sua vez, não concentrará os atletas, que se apresentarão ao técnico Levir Culpi às 11h30. 23 atletas foram relacionados para o clássico decisivo, entre eles Réver, Maicosuel e Guilherme, que se recuperaram de lesões.